O atraso nas autorizações para as obras de alteamento programado da barragem de rejeitos da Mineração Riacho dos Machados (MRDM), localizada no Norte de Minas Gerais, fez com que a Equinox Gold – uma das principais produtoras de ouro das Américas – suspendesse, temporariamente, as operações, que serão retomadas apenas após a liberação pelos órgãos ambientais.
A estimativa, até a suspensão das operações, era de uma extração de 70 mil e 80 mil onças de ouro, equivalente a, aproximadamente, 11% da produção consolidada de todo o grupo, volume que será revisado.
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De acordo com comunicado emitido pela Equinox Gold, a expectativa é de reiniciar as operações na MRDM em até dois meses após aprovação pelo órgão ambiental, o que deve acontecer ainda neste trimestre.
Em nota, a mineradora explicou que “as discussões com as autoridades reguladoras estão em desenvolvimento e a MRDM aguarda autorização do órgão ambiental para mobilização e início imediato da obra de alteamento da barragem de rejeitos. A Equinox Gold espera reiniciar as operações na MRDM em até dois meses após aprovação pelo órgão ambiental, com expectativa para o segundo trimestre de 2022”.
Para garantir a segurança das operações na região, os alteamentos da barragem de rejeitos da Mineração Riacho dos Machados são realizados constantemente e durante toda a vida útil da mina.
“A estrutura é operada e projetada de acordo com as melhores práticas da indústria, sendo regularmente inspecionada e auditada por partes independentes, órgãos reguladores, a Agência Nacional de Mineração (ANM) e de licenciamento e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad)”, explica a nota.
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Ainda segundo a empresa, a alteração do projeto de alteamento foi protocolada na Superintendência Regional de Meio Ambiente no Norte de Minas (Supram Norte de Minas) em 2017, modificando o método construtivo de linha de centro para o método a jusante, considerado o método mais seguro. Os alteamentos da barragem, iniciados em 2018, foram todos realizados adotando o método a jusante, o que foi autorizado pelo órgão ambiental até a cota 835m.
“Desde junho de 2021, a empresa vem discutindo com o órgão ambiental a continuidade do alteamento pelo método a jusante até a cota já contemplada em sua licença ambiental, cota 840m, o que não foi autorizado até o momento, impossibilitando a continuidade das operações”.
Até a suspensão das operações, a previsão de produção da MRDM em 2022 estava estimada entre 70 mil e 80 mil onças de ouro, equivalente a, aproximadamente, 11% da produção consolidada de todo o grupo, projetada entre 625 mil e 710 mil onças de ouro. As novas previsões serão atualizadas mediante retomada de produção da MRDM.