São Paulo – O governo quer utilizar placas solares para gerar a energia que garantirá o bombeamento de águas do rio São Francisco, ampliando o uso da fonte renovável na região Nordeste, disse ontem o Ministério de Minas e Energia.
O chamado Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf) será enquadrado no Programa de Parceria Público-Privada da presidência da República, após decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro que qualifica a iniciativa como prioritária, acrescentou a pasta em comunicado.
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O empreendimento de integração do rio a outras bacias hidrográficas do Nordeste prevê dois eixos de canais com 477 quilômetros de extensão com o objetivo de garantir a segurança hídrica de 12 milhões de pessoas em 390 municípios em Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.
A previsão é implantar placas solares ao longo dos canais de transposição, aquedutos e reservatórios, inclusive nas laterais dos canais, afirmou o Ministério de Minas e Energia.
O chefe da pasta, Bento Albuquerque, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, foram autorizados por Bolsonaro a adotar medidas que atraiam “interesse do setor privado para promover leilões de geração de energia renovável na área”, ainda segundo o ministério de Minas e Energia.
“É um projeto inédito de integração de leilões de geração em infraestrutura social para o desenvolvimento regional e, de acordo com estimativas recentes, poderá proporcionar investimentos da ordem de R$ 15 bilhões”.
O projeto renovável para o São Francisco foi anunciado ontem durante visita do presidente Bolsonaro à inauguração de uma usina solar flutuante construída na Bahia pela Chesf, subsidiária da estatal Eletrobras.
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A usina flutuante, fruto de um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) com investimento de R$ 56 milhões, foi instalada no reservatório da hidrelétrica de Sobradinho, operada pela Chesf. (Reuters)