Rio – O Índice de Clima Econômico (ICE), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 2,1 pontos no Brasil no segundo trimestre deste ano e chegou a 62,7 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos.
Brasil e Uruguai, este com alta de 14,2 pontos, foram os únicos dos dez países latino-americanos analisados pela pesquisa a apresentar crescimento no segundo trimestre, na comparação com o primeiro.
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Na média, a América Latina apresentou queda de 11,7 pontos no período, de acordo com a pesquisa. Os demais países oscilaram entre recuos de 5,5 pontos na Bolívia e 27,9 pontos na Argentina.
O ICE é calculado com base em informações prestadas trimestralmente por especialistas nas economias de seus respectivos países.
A alta do índice no Brasil foi puxada pelo Índice da Situação Atual, que mede a avaliação sobre o presente e que subiu 14,6 pontos, alcançando 30 pontos. Já o Índice de Expectativas, que mede o futuro, caiu 15,4 pontos, mas manteve-se no centro da escala, com 100 pontos.
Apesar de apresentar alta, o ICE do País (62,7 pontos) ainda está abaixo da média da América Latina (67,3 pontos). O indicador brasileiro é também o terceiro mais baixo entre os dez países latino-americanos, superando apenas Argentina (39,1 pontos) e Chile (46 pontos).
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Os demais países apresentam os seguintes índices: Peru, 63,4 pontos; Bolívia, 65,9; México, 66,2; Equador, 72,1; Paraguai, 91,2; Colômbia, 95,7; e Uruguai, 149,6.
O estudo também divulgou previsões de especialistas para o PIB de 2022 dos países pesquisados. A estimativa de crescimento para este ano no Brasil subiu de 0,7% no primeiro trimestre para 0,8% no segundo trimestre.
Apesar da nova previsão, o Brasil tem a menor taxa entre as nações pesquisadas. Na média, a América Latina deve crescer 2%. As demais taxas variam entre 4,3% na Colômbia e 1,2% no Paraguai.
Para os especialistas, os principais problemas para a economia do país são falta de inovação, falta de confiança na política econômica, infraestrutura inadequada, aumento das desigualdades de renda e falta de competitividade internacional.
Santander revisa para cima a projeção do PIB de 2022
São Paulo – O time econômico do Santander Brasil elevou a 0,9% a projeção para o crescimento do PIB do País no primeiro trimestre, de 0,5% do cenário anterior, depois que os “amplamente saudáveis” dados de atividade superaram as já otimistas expectativas do banco, informou o Santander em relatório ontem.
“Esse número não apenas reforça nossa visão de crescimento econômico resiliente em 2022, mas também implica riscos significativos de alta para nossa projeção de 0,7% para o crescimento do PIB neste ano”, disse o Santander.
O IBGE divulga os dados do PIB entre janeiro e março em 2 de junho.
Do lado da oferta, os economistas esperam crescimento disseminado em setores-chave: os serviços devem ter expandido 0,7% no primeiro trimestre e a indústria, 0,9%. Pela ótica da demanda, é esperado contínuo fortalecimento da demanda doméstica, com o setor externo na liderança.
Os economistas dizem que, se suas contas estiverem certas, o resultado do primeiro trimestre deixaria um carregamento estatístico de 1,2% para 2022, colocando a economia 1,4% acima da marca pré-pandemia (quarto trimestre de 2019). O carryover positivo pelos dados de março, o desempenho apontado por indicadores proprietários e dados de confiança também sugerem aumento do PIB no segundo trimestre.
“E se forem precisas, essas projeções implicam que os riscos de contração econômica em todo o ano de 2022 provavelmente desapareceriam, mas alertamos que os efeitos retardados de uma política monetária restritiva podem começar a atingir a economia no segundo semestre de 2022”, disseram os profissionais no documento.
O prognóstico atual do Santander é de crescimento de 0,7% do PIB em 2022, com riscos “claramente inclinados para cima”. Para 2023, a estimativa é de retração de 0,3%, com “riscos inclinados para baixo.” (Reuters)
Intenção de consumo no País sobe 4,4% em maio
Rio – A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou, na passagem de abril para maio, um crescimento de 4,4%. É a quinta alta consecutiva do indicador, medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Com o resultado, o índice atingiu 79,5 pontos em uma escala de zero a 200 pontos, o maior patamar desde maio de 2020 (81,7 pontos). Na comparação com maio do ano passado, o crescimento chegou a 17,7%. Os dados foram divulgados ontem pela CNC.
De abril para maio, a alta foi puxada pelas avaliações sobre a perspectiva profissional (7,1%), o momento para a compra de bens duráveis (5,5%) e sobre a renda atual (4,5%).
Já a alta de 17,7% na comparação com maio de 2021 foi influenciada principalmente pela perspectiva profissional (25,3%), pela perspectiva de consumo (24,7%) e pelo emprego atual (21,8%).
Na análise por faixa de renda, observou-se que a intenção de consumo subiu mais nas famílias com renda mais baixa (até dez salários mínimos), com altas de 4,8% no mês e 18,5% na comparação anual. Para aqueles que ganham mais de dez salários, os aumentos foram de 2,8% e 15,3%, respectivamente. (ABr)