• Buscar
  • Versão Impressa
  • DC Publicidade Legal
  • FAZER LOGIN
Assine

COTAÇÃO DE 16/06/2022

DÓLAR COMERCIAL

COMPRA: R$5,0260

VENDA: R$5,0260

DÓLAR TURISMO

COMPRA: R$5,1200

VENDA: R$5,2470

EURO

COMPRA: R$5,3076

VENDA: R$5,3108

OURO NY

U$1.834,05

OURO BM&F (g)

R$299,43 (g)

BOVESPA

+0,73

POUPANÇA

0,6602%

OFERECIMENTO

Economia

Indústria fecha 2020 com faturamento estável

COMPARTILHE

googlenews
  • Por Will Araújo
  • Em 5 de fevereiro de 2021 às 00:28
A utilização da capacidade instalada na indústria mineira também recuou, indo de 80,3% em 2019, para 78,9% em 2020 | Crédito: Alexandre Mota/Reuters

Os impactos da pandemia da Covid-19 nos diversos setores da economia ficaram visíveis e crescentes desde março do ano passado. Na indústria, a linha tênue entre estabilidade e diminuição de índices é apontada pelos números da “Pesquisa Indicadores Industriais” (Index) de dezembro.

Conforme o levantamento realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), em relação a 2019, todos os indicadores tiveram queda em 2020, menos o faturamento real, que se manteve estável (0,0%) de acordo com o relatório.

PUBLICIDADE




O indicador horas trabalhadas na produção, o qual tem efeito direto na produtividade industrial, apresentou diminuição de 3,7% em relação a 2019. Esse índice foi puxado pelo setor de transformação — o mais impactado na indústria geral.

O número acumulado da  massa salarial real também retraiu na mesma comparação, ficando 1,9% menor. Esse atributo faz relação com outro indicador, o emprego, que, segundo relatório, oscilou menos, mas também teve decréscimo (-0,6%).

A razão entre a massa salarial real e o emprego puxou para baixo o indicador rendimento médio real, o qual recuou 1,3% no confronto do acumulado de 2020 com o ano de 2019.

A utilização da capacidade instalada também recuou, indo de 80,3% em 2019, para 78,9% em 2020. O único indicador sem reflexos da pandemia foi o faturamento real, que se manteve na média.

PUBLICIDADE




Segundo o Index, as medidas de contingenciamento motivadas pela pandemia, como as regras de circulação e as pausas (além dos fechamentos) de diversas atividades econômicas, derrubaram os números da atividade industrial no Estado.

De acordo com a analista de estudos econômicos da Fiemg, Julia Silper, “com certeza, esses resultados majoritariamente negativos refletem as paralisações devido à pandemia, motivadas pelas restrições que foram impostas”.

Como exemplo, a analista cita as horas trabalhadas na produção, que em 2020 caíram 3,7%, segundo dados da indústria geral — composta pela extrativa e de transformação. “As horas da indústria de transformação caíram 5% no acumulado do ano, justamente, refletindo essas paralisações”, afirma Julia Silper.

Além disso, a utilização da capacidade instalada também caiu em 2020, o que está muito ligado à produção na atividade industrial.

“Um dos setores impactados nacionalmente, por exemplo, foi o automotivo, como vimos várias vezes na mídia. Nos meses de abril e maio, a produção quase caiu a zero, quando comparada com os meses anteriores, pois as fábricas ficaram, praticamente, todas paralisadas”, explica a analista da Fiemg.

A redução da demanda foi outro fator indicado por Julia Silper que refletiu diretamente no setor de transformação. “As pessoas represaram seus consumos e as fábricas precisaram de tempo para se adequar aos novos protocolos (de contingenciamento)”, diz a especialista.

Expectativas – Em dezembro de 2020, quando o governador Romeu Zema (Novo) anunciou, detalhadamente, o Plano Estadual de Vacinação contra a Covid-19 em Minas Gerais, com 50 milhões de seringas agulhadas e logística montada, setores já reavivavam as expectativas para 2021. À época, o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, em um encontro empresarial em Ituiutaba, demonstrou esperança para o ano seguinte.

“Será um ano de oportunidades para as indústrias, pois as taxas de juros estão baixas, o momento de investir em uma fase nunca antes vivida pelos brasileiros. Os empresários também precisam se engajar em causas políticas, de modo a acompanhar o processo político e saber o que de fato os políticos que escolhemos fazem”, afirmou Roscoe.

Contudo, neste ano, o fim do auxílio emergencial, que poderia injetar mais movimento na economia, e a lentidão nas imunizações trouxeram incertezas para as expectativas do setor industrial.

“Isso (a demora nas imunizações) gera uma sensação de incerteza, porque aqui na Capital (mineira), nas primeiras semanas de janeiro, precisamos fazer uma espécie de lockdown. Desse modo, ficamos com dúvidas se daqui a algumas semanas teremos de paralisar novamente, o que impacta em como as empresas vão reagir. Assim, quanto mais rápida for a imunização, mais a indústria vai diminuir essas incertezas”, explica Julia Silper.

Extrativa – Já a produção do setor extrativo não sofreu tanto impacto. Segundo Julia Silper, algumas minas paralisaram alguns dias para se adequarem aos protocolos, mas não houve movimento brusco. “Quando vemos o acumulado do ano das horas trabalhadas na indústria extrativa, ele está crescendo, além da utilização da capacidade instalada”, diz a analista.

No País, transformação registra alta nos ganhos

Brasília – Os Indicadores Industriais da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que o faturamento da indústria de transformação subiu 1,6% em dezembro de 2020 na comparação com novembro. Mesmo com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), as vendas reais encerraram o ano com alta de 0,8% em relação a 2019. 

A pesquisa, divulgada ontem, identificou ainda que o emprego aumentou 0,2% em dezembro em relação ao mês anterior, o quinto mês consecutivo com alta nas contratações no setor industrial.

De acordo com os dados, a utilização da capacidade instalada (UCI) da indústria alcançou 80,6% em dezembro, acima da média no ano de 2020, de 76,4%. Esse indicador trata do percentual de máquinas comprometidas na produção, o que, segundo a CNI, em dezembro, aponta para atividade bastante aquecida.

Para a entidade, o resultado aponta a continuidade da recuperação da indústria, que teve início logo após as fortes quedas de maio e abril e durou todo o segundo semestre do ano passado. De acordo com a CNI, entretanto, os dados não apontam para um setor sem problemas no pós-crise, mas mostram que a indústria conseguiu reagir à pandemia, ainda que a recuperação econômica não esteja consolidada.

O índice de horas trabalhadas na produção registrou alta de 2,5% em dezembro de 2020 na comparação com novembro. É a oitava alta consecutiva do índice, que acumula crescimento de 38% no período.

Rendimento do trabalhador – Por outro lado, a massa salarial paga pela indústria caiu 0,8% em dezembro do ano passado frente ao mês anterior. O rendimento médio pago aos trabalhadores da indústria também recuou 3,4% em dezembro de 2020 na comparação com novembro.

De acordo com a CNI, a queda na massa salarial e na renda em dezembro são resultado do que ocorreu nos meses mais críticos da pandemia, quando houve antecipação de férias, férias coletivas e pagamento de 13º salário. (ABr)

  • Tags: Economia
Ao comentar você concorda com os Termos de Uso. Os comentários não representam a opinião do portal Diário do Comércio. A responsabilidade sob qualquer informação divulgada é do autor da mensagem.

COMPARTILHE

Comunicar Erro

NEWSLETTER

Fique por dentro de tudo que acontece no cenário economico do Estado

CONTEÚDO RELACIONADO

O governo arrecadou R$ 156,822 bilhões em abril, conforme os dados da Receita Federal | Crédito: PILLAR PEDREIRA / AGÊNCIA SENADO

Projetos no Senado buscam correção na tabela do IRPF

  • Por Diário do Comércio
  • Em 1 de abril de 2021
Hospitais de Minas Gerais recebem EPIs doados pela Vale

Vale doa kits de testes rápidos para Covid-19 para hospitais mineiros que atendem pelo SUS

  • Por Vale
  • Em 22 de maio de 2020
O número de apartamentos disponíveis para comercialização em Belo Horizonte e Nova Lima é o menor da série histórica do Sinduscon-MG | Crédito: Kelsen Fernandes

Vendas de imóveis novos caem 31,42% na Capital e Nova Lima

  • Por Michelle Valverde
  • Em 30 de junho de 2022
Recursos previstos poderão ser utilizados pelos municípios para realizar ações de marketing que projetam a marca Minas | Crédito: Agência Minas/Pedro Vilela

Governo lança ações de promoção do setor

  • Por Emelyn Vasques
  • Em 30 de junho de 2022
Uma das principais contribuições de alta no VBP virá do café; arábica terá avanço de 40,6% e o conilon, de 31,9% | Crédito: Divulgação

VBP deve crescer 13,8% em MG

  • Por Michelle Valverde
  • Em 30 de junho de 2022

OUTROS CONTEÚDOS

Facebook Twitter Youtube Instagram Telegram Linkedin

Sobre nós

Diário do Comércio: veículo especializado em Economia, Gestão e Negócios de Minas Gerais, referência para empresários, executivos e profissionais liberais.

Fale Conosco: contato@diariodocomercio.com.br

© Diário do Comércio. Todos os direitos reservados.
O conteúdo deste site não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

TERMOS DE USO | POLÍTICA DE PRIVACIDADE

Atendimento ao Leitor: (31) 3469-2001
De segunda a sexta-feira, das 08:00 às 17:00
Av. Américo Vespúcio, 1660 – Parque Riachuelo, Belo Horizonte – MG, CEP: 31230-250

Desenvolvido por Breno Ribeiro, Mara Bianchetti e Vitor Adler
Anterior
Próximo
  • Pesquisar
  • Ver artigos salvos
  • Movimento Minas 2032
  • Reformas por Minas
  • DC Publicidade Legal
  • CIEE
  • SME
  • Edição Impressa
  • Podcasts
  • Nossa História
  • Anuncie Conosco
  • Fale com a Redação
  • Expediente
  • Termos de Uso
  • Política de Privacidade

PRODUZIDO EM

MINAS GERAIS

COMPARTILHE

Comunicar erro

Identificou algo e gostaria de compartilhar com a nossa equipe?
Utilize o formulário abaixo!