Indústria do interior de Minas registra alta no faturamento do 1º bimestre
18 de abril de 2019 às 0h18
Embora a indústria geral mineira tenha apresentado queda de 3% no faturamento no decorrer do primeiro bimestre deste exercício, em função, basicamente, dos recuos na indústria extrativa, as receitas do parque produtivo do interior do Estado avançaram no mesmo período. De acordo com a Pesquisa Indicadores Industriais Regionais (Index-Regional) da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), três das quatro regiões avaliadas apresentaram alta.
Conforme a entidade, os números positivos vieram do Centro-Oeste, Leste e Sul, enquanto a Zona da Mata mineira apresentou desempenho negativo. As regiões Norte e Triângulo não tiveram os números divulgados em fevereiro.
O estudo indicou que o melhor resultado industrial do interior de Minas Gerais nos dois primeiros meses de 2019 veio do Centro-Oeste, onde as receitas das indústrias aumentaram 18% sobre o mesmo período do ano passado. O resultado foi o melhor para o período desde o início da série histórica, em 2011.
Na mesma base de comparação, porém, as horas trabalhadas caíram 9,9% e o os níveis de emprego 10,3%, assim como a massa salarial recuou 10,5%. Já a utilização da capacidade instalada chegou a 68,7%.
De maneira semelhante, o Leste acumulou alta de 13,4% no faturamento até o segundo mês deste ano, representando também o melhor desempenho para o período desde 2011. O avanço, segundo a Fiemg, ocorreu em razão do aumento das vendas internas e das exportações.
Neste caso, também houve avanço no emprego (1,8%) e na massa salarial (6,1%) sempre na comparação com a mesma época de 2018. Já as horas trabalhadas apresentaram recuo de 14,6% e a utilização da capacidade instalada da indústria chegou a 66,6%.
No Sul, o faturamento real foi o único indicador que apresentou crescimento no primeiro bimestre. Houve avanço de 4,4% no índice, também motivado pelo crescimento das vendas no mercado interno e das exportações.
Já os recuos registrados nas demais variáveis – horas trabalhadas na produção, emprego e massa salarial – só não foram mais intensos que os observados no mesmo período em 2015 e 2016. Os resultados foram de -3,5% nas horas trabalhadas, -3,2% no emprego e -4,9% na massa salarial. A utilização da capacidade instalada foi de 68,8% no fim de fevereiro.
Zona da Mata – Na outra ponta, na Zona da Mata, embora as receitas da indústria tenham caído no acumulado de janeiro e fevereiro sobre a mesma época do exercício anterior (-27,1%), os demais índices apresentaram incremento em igual base de comparação. A queda do faturamento, segundo a Fiemg, ocorreu em decorrência do decréscimo das vendas no mercado interno. O recuo foi o maior para o período em toda a série histórica.
Por outro lado, as horas trabalhadas na produção aumentaram 0,3%, o emprego 5,1% e a massa salarial real 5,2%. A utilização da capacidade instalada foi de 64,7%.