Recursos para a duplicação da BR-381 são insatisfatórios

18 de dezembro de 2018 às 0h07

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Recursos insuficientes devem resultar em lentidão nas obras - Foto: Alisson J. Silva

A verba destinada para a obra de duplicação da BR-381 no ano que vem deve ficar abaixo da metade do montante considerado ideal. O projeto de lei orçamentária de 2019, aprovado no último dia 13 pela Comissão Mista de Orçamento, prevê que a obra receba R$ 169,43 milhões no próximo exercício, sendo que o texto será analisado esta semana no plenário do Congresso Nacional. O recurso é, inclusive, menor que o liberado este ano, que foi de R$ 230 milhões.

Consultor do movimento Nova BR-381, Claúdio Veras informa que o desejável era que a intervenção recebesse R$ 450 milhões em 2019. Com esse montante, seria possível terminar os lotes 7 e 3.1, já em andamento, e dar início aos lotes 4, 1 e 2. De acordo com Veras, com o valor de R$ 169,43 milhões será necessário escolher entre finalizar o lote 7 e 3.1, sem ter como dar início a novos trechos.

“A demora deixa a obra mais cara. Há um custo para a sociedade como um todo”, pondera. A obra vem sendo marcada por morosidade e, em 2019, devido à redução da verba, deve continuar a passos lentos.
O movimento Nova BR-381, que é uma iniciativa do setor empresarial, buscará apoio dos deputados ligados a Minas para liberação de mais verbas junto ao novo governo. “O que vai ser discutido e trabalhado daqui para frente é a possibilidade de complementação da verba com o novo governo”, disse Veras.

Nesse ponto, ele se diz otimista, ainda que o novo governo assuma com um discurso de austeridade nos gastos. Ele aponta que o futuro ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e outros membros do governo já sinalizaram a prioridade da infraestrutura para a economia voltar a crescer.

Projeto – A obra na BR-381 prevê a duplicação da rodovia entre Belo Horizonte e Governador Valadares, em trecho com alto índice de acidentes. Tendo início em 2014, as intervenções consumiram até agora cerca de R$ 880 milhões. Segundo Veras, a expectativa era que este ano houvesse a finalização do lote 7, o que traria mais segurança a trecho localizado principalmente em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

No entanto, mesmo com algumas partes já tendo sido finalizadas, ainda não houve liberação de trechos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) devido a pendências como desapropriações.

O trecho mais avançando é o do lote 7, que vai do Rio Una até o entroncamento da MG 435, em Caeté. Também em andamento, o lote 3.1 lotes tem extensão de 28,6 km e vai do entroncamento da MG-320 (para Jaguaraçu) até o Ribeirão Prainha. Sua finalização vai possibilitar a operação dos dois túneis já prontos. Tais estruturas fazem parte dos lotes 3.2 e 3.3. e ficam já no Vale do Aço.

Uma das intervenções que poderia ter início no ano que vem, o lote 4 inclui o trecho que vai do ribeirão Prainha até o acesso a Nova Era, dando sequência ao lote 3.1. Os trechos 1 e 2 preveem melhorias nas pistas entre Ipatinga e Valadares.

A reportagem entrou em contato com o Dnit ontem, mas não obteve qualquer resposta até o fechamento desta edição.

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