Preço de insumos afeta lançamentos no País

24 de maio de 2022 às 0h25

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Crédito: Alisson J. Silva/Arquivo DC

Brasília – O mercado imobiliário brasileiro apresentou queda de 42,5% no número de lançamentos no primeiro trimestre de 2022, na comparação com o quatro trimestre de 2021, informou ontem a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic). O número de lançamentos também apresentou uma queda de 7,6% na oferta final de empreendimentos. Segundo a Cbic, o aumento no preço de insumos e a conjuntura econômica pesaram na redução.

O levantamento, que colheu informações do mercado da indústria da construção em 196 cidades de todas as regiões do País, também mostrou queda nos três primeiros meses do ano no número de lançamentos de unidades do programa Casa Verde e Amarela em relação ao último trimestre de 2021.

As unidades foram reduzidas em 40,4% e a oferta final em 11,1%. A Cbic disse que os números são afetados pelo aumento dos preços e dos custos dos materiais da construção civil, pela falta de confiança para novos lançamentos dos empresários e incorporadoras e pela queda do poder aquisitivo das famílias.

“O tempo todo falamos do efeito aumento de custo que impacta o preço de venda, e isso está muito claro no Casa Verde e Amarela, que tem puxado nos últimos tempos a habitação de mercado”, disse o presidente da Cbic, José Carlos Martins, durante coletiva para apresentação dos dados.

De acordo com Martins, o aço foi o material que mais impactou o aumento total do custo das obras. Ele citou o exemplo de construção de uma ponte, que teve alta nos custos do material utilizado de cerca de 73% no período de julho de 2020 a julho de 2021.

“Quando a gente analisa uma ponte, por exemplo, o aumento foi de 73% de custo por um único item que é o aço. No caso do Casa Verde e Amarela, esse impacto foi de 34% em um único item”, apontou.

Martins disse que a redução na alíquota de importação do insumo, juntamente com outros dez produtos, anunciada pelo governo para conter a alta da inflação, diminuiu um pouco a pressão no aumento de custo. Entretanto, ainda há necessidade de debater a estabilização dos preços com a cadeia de produção.

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