Saldo de empregos recua 4,65% em MG

26 de julho de 2019 às 0h18

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Crédito: Marcos Santos/USP Imagens

Embora Minas Gerais tenha apresentado mais um resultado positivo na geração de empregos formais em junho, a geração de postos de trabalho novamente caiu em relação ao mesmo mês de 2018. Ao todo o saldo foi de 11.603 vagas contra 12.143, representando uma queda de 4,65% entre os períodos. O resultado no primeiro semestre também foi menor. Com superávit de 88.238 postos no acumulado de 2019, o saldo recuou 3,57% sobre a primeira metade do ano passado (91.506).

Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, e mostram que o saldo positivo do sexto mês do exercício foi influenciado pelo maior volume de contratações na agropecuária, no setor de serviços e na construção civil.

Ao todo as 11,6 mil vagas de junho resultaram da admissão de 149.121 pessoas e demissão de 137.518 trabalhadores. Na comparação com maio, quando o saldo também foi positivo em 18.380 mil vagas, houve piora de 36,8%. Já em relação ao mesmo mês de 2018 a queda foi de 4,65%, uma vez que naquele mês o superávit foi de 12.143 postos de trabalho.

Com o resultado, Minas Gerais já gerou 88.238 empregos formais no acumulado do ano. Já nos últimos 12 meses, o superávit chega a 75.329 vagas.

De acordo com o Caged, só em junho a agropecuária mineira admitiu 23.002 pessoas e demitiu 16.736 trabalhadores, gerando um saldo positivo de 6.266 vagas. O resultado do setor foi inferior ao do mesmo mês de 2018 (17.727 vagas).

Ainda considerando apenas os resultados do mês, as áreas de serviços e construção civil também se destacaram com a criação de 3.087 e 2.439 vagas, respectivamente.

No caso do setor de serviços, foram 52.629 contratações e 49.542 desligamentos. O saldo foi maior que no mês anterior, quando houve déficit de 189 vagas e que em igual mês do ano passado, quando o saldo ficou positivo em 981 postos de trabalho.

Na construção civil as admissões somaram 18.391 e as demissões 15.952. Em maio o saldo de empregos do setor no Estado foi de 1.197 e em junho do ano passado de 496, o que significa crescimento em ambas as comparações.

Na outra ponta, o pior resultado mensal ficou por conta da indústria da transformação, que amargou o saldo negativo de 971 vagas, advindos de 21.830 contratações menos 22.801 dispensas. Em junho do ano passado o resultado do setor também havia ficado negativo em 5.295 postos de emprego.

Entre os subsetores, os melhores números foram observados na categoria de serviços médicos, odontológicos e veterinários (1.046) e comércio e administração de imóveis, valores mobiliários e serviços técnicos (912). Os piores vieram da indústria de calçados (-883) e da indústria da madeira e do mobiliário (-337).

Semestre – Já quando considerada a primeira metade de 2018 houve a geração de 88.238 postos de trabalho em Minas Gerais. Ao todo foram 880.938 profissionais contratados, contra 815.236 demitidos no período. Na mesma época do ano anterior o saldo foi de 91.506. Nos seis primeiros meses de 2018, tinham sido admitidas 905.002 pessoas e dispensadas 813.496.

Neste período, o setor de serviços foi o principal setor responsável pelo superávit apresentado no primeiro semestre. Nos seis primeiros meses de 2019 o setor acumulou saldo de 34.819 vagas. Ao todo foram admitidos 351.285 profissionais e demitidos 316.466. No primeiro semestre de 2018, o setor tinha gerado 30.189 empregos.

Além disso, a agropecuária também registrou desempenho positivo na geração de empregos no acumulado de janeiro a junho: 34.354, das quais 120.425 foram contratações e 86.071 desligamentos.

Nesta base de comparação, o pior resultado foi registrado pelo comércio, cujo déficit no saldo do emprego formal chegou a 10.212. O setor contratou 202.532 trabalhadores de janeiro a junho, mas desligou 212.744.

Brasil registra o melhor desempenho desde 2013

Brasília – O Brasil registrou criação líquida de 48.436 vagas formais de emprego em junho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado ontem pelo Ministério da Economia, no melhor dado para o mês desde 2013, embalado pelo setor de serviços.

O resultado também veio acima das estimativas de analistas consultados em pesquisa da Reuters, que projetavam abertura de 34 mil postos. No acumulado do primeiro semestre, foram criadas 408.500 vagas, na série com ajustes, apontou ainda o Caged, desempenho mais forte para o período desde 2014 (+588.671 postos).

Para o secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, o fato de o desempenho de janeiro a junho ter ficado acima do registrado em igual etapa de 2018 pavimenta o caminho para o resultado consolidado deste ano também vir melhor.

Em coletiva de imprensa, ele avaliou que a liberação de recursos do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS), cujas regras foram anunciadas pelo governo na véspera, devem dar um impulso à economia e ajudar na criação de empregos.

“São medidas importantes para a retomada da saúde financeira das pessoas, dos consumidores simples, são medidas importantes para retomada da confiança do consumidor, para que pessoas consigam pagar suas dívidas”, disse.

Ele ressalvou, contudo, que só essas iniciativas, incluindo a reforma da Previdência, não bastam para resolver situação econômica do mercado de trabalho brasileiro, após o País sair de anos de “recessão muito grave”.

Para Dalcolmo, os capitais externos serão indispensáveis para o projeto de privatização almejado pelo governo Jair Bolsonaro ir adiante, o que deverá injetar novos recursos à economia.

Ele também afirmou que a Medida Provisória da Liberdade Econômica, proposta pelo governo para desburocratizar a abertura e gestão de negócios, terá a possibilidade de gerar “dezenas de milhares de empregos” somente com o aval dado, de maneira mais irrestrita que hoje, para o trabalho aos domingos e feriados. A MP ainda demanda aprovação pelo Congresso Nacional.

Dos oito setores pesquisados pelo Caged, seis ficaram no azul em junho, com destaque para serviços (+23.020 vagas), agropecuária (+22.702) e construção civil (+13.136).

Indústria de transformação e comércio responderam pelo fechamento de empregos no mês, com 10.988 e 3.007 vagas encerradas, respectivamente.

De janeiro a junho, o saldo positivo do setor de serviços encabeçou o ranking compilado pelo Caged, com 272.784 vagas criadas. Na lanterna, o comércio fechou 88.772 postos. (Reuters)

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