Setor faturou R$ 44,479 bi no 3º trimestre

22 de novembro de 2018 às 0h05

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Segmento com maior crescimento no período foi Entretenimento e Lazer, alta de 25,2% - Foto: Divulgação

A despeito das dificuldades econômicas e dos sobressaltos do período eleitoral, o franchising brasileiro conseguiu registrar os resultados esperados pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) no terceiro trimestre de 2018. De acordo com a Pesquisa Trimestral de Desempenho do Franchising divulgada ontem, o setor registrou um crescimento nominal de 6,3% no terceiro trimestre deste ano, ante o mesmo período de 2017. O faturamento passou de R$ 41,850 bilhões para R$ 44,479 bilhões. Considerando-se os últimos 12 meses, a variação positiva foi de 7,0% (R$ 159,826 bilhões para R$ 170,988 bilhões).

Destaque também para a geração de mais de 80 mil postos de trabalho no período.
De acordo com o presidente da ABF, Altino Cristofoletti Junior, agosto foi bastante positivo, enquanto julho e setembro mais retraídos. “Para manter o crescimento, o franchising brasileiro intensificou a busca por eficiência e novas soluções, o que se traduziu na procura por novos formatos, perfis de público e mercados. O investimento em novas tecnologias, especialmente na área digital, também continuam e estão ajudando as redes a aprimorarem suas operações”, afirma Cristofoletti Junior.

Para a gerente de inteligência de mercado da ABF, Vanessa Bretas, outros fatores contribuíram para o desempenho do setor de franquias são fruto de mudanças promovidas por alguns segmentos em trimestres anteriores: movimentos de expansão mais intensos, desenvolvimento de modelos híbridos físicos/digitais e de outros canais de venda alavancaram o desempenho de segmentos como entretenimento, turismo e serviços de forma geral.

“Temos algumas tendências se repetindo e se intensificando nos últimos anos que ajudam a explicar um resultado positivo, mesmo em um período bastante complicado como esse. O permanente movimento de interiorização das marcas, diversificação dos modelos de negócios e de canais de venda, adoção do omnichannel deram sustentação ao setor. Tudo isso aliado às características próprias do franchising, como trabalho em rede, ganho de escala, compartilhamento das melhores práticas por parte do franqueador e do conhecimento do mercado local pelo franqueado, compõem esse conjunto de fatores”, explica Vanessa Bretas.

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Cresce movimento de interiorização

Apesar de ainda não existirem números regionais, a executiva avalia Minas Gerais como dentro da média brasileira: “Minas, certamente, teve um bom desempenho, assim como todo o setor. Na pesquisa do segundo trimestre fizemos alguns recortes regionais e pudemos observar que a participação do Estado aumentou no total do faturamento do setor. Também mostrou o movimento de redes aumentando o número de operações no Estado e aumento no número de redes com sede local”, analisa a gerente de inteligência de mercado da ABF.

Todos os 11 segmentos listados pela ABF tiveram desempenho positivo no terceiro trimestre frente ao mesmo período do ano passado. A pesquisa indicou que o segmento com maior crescimento no período foi Entretenimento e Lazer, com alta de 25,2%. A diversificação de serviços, o lançamento de novos formatos de negócios e a expansão em unidades foram os principais fatores que contribuíram com esse avanço.

Serviços e Outros Negócios foi o segundo de maior crescimento, com 10,3%, impulsionado, principalmente, pelos serviços logísticos. O terceiro melhor desempenho foi registrado em Saúde, Beleza e Bem-Estar, com 9,7%. O segmento cresceu no período, alavancado principalmente pela venda de produtos de higiene e beleza e o desempenho de redes de depilação e outros serviços estéticos. Já alimentação ficou em quarto lugar (6,7%), graças aos investimentos das redes em promoções, eficiência operacional e novos modelos e canais de venda, principalmente o delivery.

Ao observarmos o desempenho nos últimos 12 meses (4ºTri2016-3ºTri2017 X 4ºTri2017-3ºTri2018), os segmentos de Entretenimento e Lazer (expansão de 11%), Serviços e Outros Negócios (9,3%), Saúde, Beleza e Bem-Estar (8,5%) e Alimentação (7,4%) também se destacam. Neste período mais longo, Hotelaria e Turismo também aparece com um crescimento expressivo de 8,8%, impulsionado, principalmente, por vendas on-line.

Com este desempenho, a ABF projeta que o crescimento do setor em 2018 deve ser de cerca de 7% em faturamento e de 5% em unidades franqueadas. Já o volume de redes em operação no País deve se estabilizar na casa das 2.800 redes. A nova projeção corrige os números previstos na divulgação do balanço geral de 2017. Na época, a ABF previa crescimento em faturamento entre 7% e 8% e em número de unidades de 3%. E, com isso, gerar 3% a mais de empregos.

A perspectiva é que em 2019 o ritmo de crescimento seja mantido entre 7% e 8%. “A expectativa é boa porque temos agora uma definição de cenário. Isso traz confiança para a retomada do consumo e dos investimentos. Claro que o setor sofre com o desempenho da economia nacional e mundial, então aqueles resultados do início da década não devem se repetir no curto prazo, mas o setor deve continuar crescendo com médias superiores às do varejo tradicional”, completa a pesquisadora.

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