Desde outubro do ano passado, quando os transportadores de combustíveis fizeram uma greve de dois dias, a categoria está ameaçando parar novamente. Agora, a advertência tem data.
O presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG), Irani Gomes, afirmou, na sexta-feira (13), que, se no prazo de trinta dias não houver uma solução da Petrobras e dos governos federal e estadual para a escalada de preços do óleo diesel, os tanqueiros de todos os estados poderão parar.
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A categoria, segundo Gomes, cobra da Petrobras uma explicação e uma mudança de sua política de preços, baseada nas cotações internacionais. “Vamos dar também 30 dias ao governo estadual para que seja feita a redução do ICMS dos combustíveis”, disse Gomes, referindo-se à alíquota em Minas, que já foi de 12% e hoje é de 14%.
Segundo o dirigente sindical, o serviço de transporte está inviável diante dos sucessivos aumentos – o último foi na segunda-feira (09/5), de 8,87%, acumulando alta de 47% desde o início do ano.
Ao reclamar do novo aumento, Irani Gomes disse que “os acionistas só estão olhando para eles” e que o governo estadual não tem interesse em reduzir a alíquota, já que está arrecadando mais. “Ele não faz nada pelos tanqueiros e pela sociedade e assim fica difícil continuar as atividades”, afirmou.
Na ocasião, Gomes reclamou também da parte do governo federal, que, segundo ele, se ausenta da questão, alegando que não tem como interferir na política de preços da Petrobras. “Nós entendemos que sim, já que o governo é um dos acionistas e detém uma porcentagem da empresa”.