As vendas da belo-horizontina MRV Engenharia e Participações S/A caíram no segundo trimestre deste exercício. Segundo a prévia operacional da construtora, ao todo, foram 8.587 unidades vendidas entre abril e junho deste ano, contra 8.665 no primeiro trimestre e 8.748 no mesmo período de 2018. Por outro lado, quando considerada a primeira metade de 2019, houve estabilidade (0,5%) no volume comercializado, chegando a 17.252 unidades.
Já o valor das vendas aumentou. No segundo trimestre deste ano, o valor comercializado chegou a R$ 1,32 bilhão sobre R$ 1,309 bilhão no trimestre anterior e R$ 1,285 bilhão um ano antes. Da mesma maneira, nos primeiros seis meses, também houve avanço, de 4,3%, chegando a R$ 2,628 bilhões.
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De acordo com o diretor-executivo de Finanças da MRV, Ricardo Paixão, mesmo que em valores as vendas tenham indicado ascensão no decorrer do exercício, em volumes ainda estão deixando a desejar. Segundo ele, a previsão é de que os índices melhorem daqui para frente.
“Os lançamentos totalizaram 11.083 unidades e VGV (Valor Geral de Vendas) de R$ 1,808 bilhão no segundo trimestre, o melhor para o período da história. E a expectativa é que sejam ainda melhores nos próximos meses, acompanhando o movimento observado no ano passado, com o segundo semestre concentrando 60% dos lançamentos da construtora. E, aumentando os lançamentos, espera-se um consequente aumento das vendas também”, estimou.
Os números representaram aumentos de 61,9% e 65,3%, respectivamente, sobre a mesma época de 2018. Já sobre o trimestre anterior, houve baixa de 2,6% e alta de 5,8%, pela ordem. Com isso, a companhia encerrou o primeiro semestre de 2019 com 17.929 unidades lançadas, correspondendo a R$ 2,901 bilhões.
No comunicado enviado ao mercado financeiro sobre a prévia operacional, a companhia destacou que, comparando os semestres, a primeira metade de 2019 apresentou uma expansão de 15,4% nos lançamentos em relação aos primeiros seis meses de 2018. E afirmou que este resultado demonstra que a empresa “está pronta para suprir a forte demanda por habitação do Brasil, graças ao banco de terrenos construído ao longo dos últimos anos”.
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Distratos – De maneira complementar, o diretor-executivo de Finanças ressaltou a nova queda no número de distratos, graças à implementação do projeto Venda Garantida, que permitiu à companhia alcançar a marca de 816 distratos no trimestre, 51,3% abaixo do registrado na mesma época um ano antes.
“O projeto tem proporcionado uma nova dinâmica de vendas à MRV. Para o ano que vem, apostamos que atingiremos patamares bem próximos de zero em contratos desfeitos”, revelou.
E, após a interrupção em um ciclo de 26 trimestres recorrentes de geração de caixa observada no primeiro trimestre, em função do contingenciamento do orçamento dos recursos do programa Minha casa, minha vida, do governo federal, a MRV voltou a gerar caixa no trimestre passado, chegando a R$ 62 milhões.
De toda forma, Paixão ressaltou que, em virtude de a operação estar crescendo, é natural que a geração de caixa perca a força em relação a períodos de estabilidade, uma vez que implica em mais investimentos por parte da construtora. Exemplo disso é o volume de terrenos.
Tanto que, conforme o comunicado, a companhia julga já ter atingido um volume satisfatório, passando a adquirir, atualmente, apenas o suficiente para renovar seu estoque no ritmo dos lançamentos. No segundo trimestre deste ano, o estoque somava R$ 49 bilhões e 311.870 unidades.