Vendas do varejo na Capital registram aumento de 2,12%

10 de julho de 2019 às 0h15

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Melhora em indicadores econômicos estão entre os fatores que impulsionaram as vendas na Capital em maio - CREDITO:ALISSON J. SILVA

A redução das taxas de desemprego e inflação e as vendas do Dia das Mães contribuíram para mais um resultado positivo do comércio varejista de Belo Horizonte neste ano.

Segundo dados do Termômetro de Vendas da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) divulgados ontem, o aumento das vendas em maio, na comparação com o mesmo mês de 2018, foi de 2,12%, terceira alta consecutiva registrada nessa base comparativa.

O aquecimento do comércio na Capital está associado, principalmente, à redução de 1,4 p.p do desemprego no 1º trimestre de 2019 em relação ao mesmo período do ano anterior segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e também à diminuição da inflação, que caiu de 0,4% em maio de 2018 para 0,13% neste ano, de acordo com o IPCA do IBGE.

A comemoração do Dia das Mães em maio também impulsionou as vendas em Belo Horizonte. O índice real de vendas cresceu 1,42% na comparação com abril de 2019, segundo maior aumento registrado nesta base de comparação nos últimos seis anos.

“O crescimento das vendas aconteceu em função da melhora de alguns indicadores econômicos que permitiram que o consumidor retomasse mercado de consumo e, somado ao Dia das Mães, contribuíram para o desempenho positivo do comércio na Capital”, ressaltou o economista da CDL/BH, Gilson Machado.

Confirmando dados de pesquisa realizada pela CDL/BH, que apontou os itens de vestuário e calçados como os mais procurados para presentear as mães, o segmento foi o que apresentou o melhor desempenho na comparação de maio deste ano com o mesmo mês do ano anterior com 2,55% de acréscimo nas vendas.

O setor também puxou o aumento na comparação entre maio e abril, com um crescimento de 2,85%. Outros segmentos com resultados positivos nas vendas foram drogarias e cosméticos (+2,6%); veículos e peças (+1,58%) e supermercados (+1,47%). Por outro lado, os segmentos de material elétrico e construção (-1,49%) e papelaria e livrarias (-0,8%) apresentaram queda.

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Acumulado – Com um crescimento abaixo do esperado, o varejo apresentou alta de 0,82% no acumulado do ano. Em 2018, nesta mesma base de comparação, a alta foi de 2,91%. O principal segmento que apresentou crescimento nessa base comparativa foi o de material elétrico e construção (+1,47%) e apenas o setor de informática não apresentou resultado positivo, com queda de 0,48% nas vendas.

Também abaixo das expectativas de aumento de vendas, o comércio da Capital acumulou alta de 0,33% nas vendas nos últimos 12 meses. Nessa base comparativa, o segmento de Informática teve o melhor desempenho, com aumento de 0,83% nas vendas.

Gilson Machado ressalta que a queda do indicador de confiança do consumidor da Capital refletiu no desempenho acumulado do comércio. O Índice de Confiança do Consumidor do primeiro trimestre de 2019, medido pela CDL/BH, apontou recuo de 5,1 pontos, passando de 58,2 para 53,1 pontos.

“Era esperado um crescimento maior para as duas bases, mas como o consumo das famílias foi baixo, o desempenho do comércio foi diretamente afetado. As pessoas têm consumido como mostram os resultados do comércio em maio, porém, a baixa confiança dos consumidores nos últimos meses tem reflexos no acumulado”, explicou o economista.

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