Vendas de apartamentos caem 0,8% na Capital

14 de fevereiro de 2020 às 0h14

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Créditos: ME/Portal da Copa/Nitro Imagens

Depois de ter apresentado crescimento de 0,32% em 2018, as vendas de imóveis em Belo Horizonte voltaram a cair no ano passado.  De acordo com levantamento do Instituto Data Secovi, da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), foram comercializados 13.984 apartamentos na cidade, baixa de 0,8% na comparação com os 14.099 vendidos um ano antes.

Conforme o diretor da CMI/Secovi-MG, Leonardo Matos, o resultado ficou aquém do esperado. E, embora o setor tenha apresentado aceleração no segundo semestre de 2019, ainda assim não foi possível se recuperar das perdas da primeira metade do ano passado. “Como as taxas de São Paulo começaram a evoluir, o mercado paulista tradicionalmente dita o ritmo do restante do País, imaginamos que o mercado da capital mineira fosse acompanhar. O que não aconteceu”, comentou.

Em relação ao valor médio das negociações realizadas com esse perfil imobiliário, o levantamento mostrou que, em 2019, houve aumento de 0,2% na comparação com 2018, indicando estabilidade. Os valores passaram de R$ 466.845 para R$ 467.768. Vale lembrar que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no ano passado foi de 4,31%.

Para o atual exercício, as perspectivas são mais positivas. Matos ponderou que ainda é cedo para falar em números, mas disse que, ao que tudo indica, 2020 será um ano bem diferente dos últimos quatro.

Segundo ele, principalmente em função da expectativa quanto às reformas estruturais, da redução das taxas de financiamento imobiliário e da queda na taxa básica de juros (Selic), que está no patamar mais baixo da história, chegando neste mês a 4,25% ao ano (ou seja, 0,347% ao mês), 2020 tem tudo para ser muito favorável ao mercado de imóveis em todo o País.

“Estamos em um dos momentos mais favoráveis para a aquisição de imóveis, seja para morar ou investir. A redução da taxa Selic tornou o mercado financeiro de renda fixa pouco atraente. Atualmente, um aluguel residencial rende facilmente 0,4% ao mês e um comercial, 0,6%, além da valorização própria do imóvel. As parcelas de financiamento reduziram drasticamente, o que diminuiu também a renda necessária, aumentando a quantidade de pessoas que podem se qualificar para a aquisição”, explicou.

Exemplo disso, conforme o diretor da CMI/Secovi-MG, é que a compra e venda de imóveis em São Paulo cresceu 10,5% entre dezembro de 2018 e novembro de 2019, segundo levantamento do Registro de Imóveis do Brasil. “As construtoras mineiras já perceberam esse cenário e podemos observar o início de várias obras em Belo Horizonte”, citou.

Locação – Por fim, ele também destacou o bom momento do segmento de locação, que apresentou alta no valor médio do aluguel de 8,11% entre janeiro e outubro de 2019, em relação ao mesmo período do ano passado. “Acredito que o mercado de locação tende a crescer neste ano mais ainda, pois há espaço para a recuperação do desconto oferecido durante a crise econômica”, concluiu.

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