Analistas estimam uma queda mais acentuada da indústria neste ano

8 de outubro de 2019 às 0h03

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CRÉDITO:ALISSON J. SILVA

São Paulo – O mercado ajustou suas projeções para a economia brasileira na pesquisa Focus divulgada ontem, derrubando ainda mais a expectativa para a produção industrial neste ano.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), as estimativas de crescimento permaneceram em 0,87% e 2% respectivamente para 2019 e 2020. Entretanto, os especialistas entrevistados passaram a ver uma contração ainda mais acentuada da indústria neste ano, de 0,65%, contra queda de 0,54% estimada antes.

Para 2020, entretanto, o cenário para a indústria melhorou, com um crescimento estimado de 2,29%, sobre 2,10% calculado no levantamento anterior.

Inflação – As instituições financeiras reduziram, pela nona vez seguida, a estimativa para a inflação este ano. Segundo a pesquisa do BC, a previsão para a inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), passou de 3,43% para 3,42% em 2019.

Para 2020, a estimativa caiu de 3,79% para 3,78%, na segunda redução seguida. A previsão para os anos seguintes não teve alterações: 3,75% em 2021, e 3,50%, em 2022.

As projeções para 2019 e 2020 estão abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Para o mercado financeiro, a Selic deve terminar 2019 em 4,75% ao ano. Atualmente, a Selic está em 5,5% ao ano.

O mercado financeiro não alterou a estimativa para o fim de 2020: 5% ao ano. Para 2021, a expectativa é que a Selic termine o período em 6,50% ao ano. Para o fim de 2022, a previsão permanece em 7% ao ano.

O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, também manteve seus cenários para a Selic, a 4,75% e 4,50% em 2019 e 2020, respectivamente. (ABr/Reuters)

IPC-C1 tem deflação de 0,09%

O Índice de Preços ao Consumidor -Classe 1 (IPC-C1) de setembro caiu 0,09%, ficando 0,20 ponto percentual (p.p.) abaixo de agosto, quando o índice registrou taxa de 0,11%. Com este resultado, o indicador acumula alta de 3,19% no ano e 3,81% nos últimos 12 meses.
Em setembro o IPC-BR não registrou variação. A taxa do indicador nos últimos 12 meses ficou em 3,51%, nível abaixo do registrado pelo IPC-C1.

Nesta apuração, quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Habitação (0,95% para 0,26%), Alimentação (-0,46% para -0,72%), Transportes (0,05% para 0,03%) e Comunicação (0,68% para 0,54%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: tarifa de eletricidade residencial (3,10% para 0,38%), bebidas alcoólicas (2,79% para -0,95%), álcool combustível (4,28% para 1,33%) e tarifa de telefone residencial (1,54% para 0,18%).

Em contrapartida, os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,01% para 0,22%), Vestuário (-0,44% para 0,03%), Educação, Leitura e Recreação (0,04% para 0,37%) e Despesas Diversas (-0,07% para 0,13%) apresentaram avanço em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, vale citar os itens: artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,29% para 0,32%), roupas (-0,51% para 0,23%), passagem aérea (-5,36% para -0,54%) e alimentos para animais domésticos (-0,43% para 0,71%). (Da Redação)

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