Reserva de emergência vira prioridade entre aplicações de brasileiros em meio à pandemia

24 de julho de 2021 às 0h15

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Crédito: DIVULGAÇÃO

Pela primeira vez, a compra da casa própria não é o principal destino para o dinheiro economizado pelas pessoas das classes A, B e C. Em tempos de pandemia, a segurança falou mais alto: a necessidade de manter uma reserva de emergência ou um dinheiro guardado por segurança subiu na preferência desses brasileiros. É o que mostra pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) em parceria com o Datafolha, que ouviu 3,4 mil pessoas da população economicamente ativa das classes A, B e C em todas as regiões do País.

Desde o início do levantamento, há quatro anos, a compra de um imóvel ou terreno liderava com larga vantagem as respostas quanto ao destino a ser dado para as aplicações financeiras. Em 2020, no entanto, essa intenção de investimento perdeu nove pontos em relação ao ano anterior: 26% dos investidores indicaram o direcionamento do dinheiro para a compra de imóveis, frente a 35% em 2019 e 33% em 2018.

A queda foi liderada pela classe C. Nesta faixa, 26,7% apontaram o sonho da casa própria em 2020 como algo a ser alcançado com os investimentos. O percentual era de 38,6% um ano antes, com queda de 11,6 pontos de um ano para o outro. Na classe B, esse recuo foi menor, de 3,8 pontos (passou de 30% em 2019 para 26,2% em 2020), baixando para 2,4 pontos entre os entrevistados da classe A (de 25,5% para 23,1%).

Com isso, a compra da casa própria ficou tecnicamente empatada com a intenção de formar uma reserva de emergência, apontada como destino para as aplicações por 27% das pessoas que tinham algum dinheiro guardado em 2020. O percentual ficou 10 pontos acima do registrado em 2019.

A intenção de formar uma reserva de emergência cresceu na preferência de todas as classes sociais: subiu 11,8 pontos entre os entrevistados da classe A, 11,1 pontos na classe C e 7,8 pontos na classe B.

“A pandemia trouxe essa conscientização sobre a necessidade de ter algum dinheiro guardado para emergência. Ainda é cedo para saber se as pessoas vão, de fato, transformar essa intenção em atitude no futuro, mas é positivo perceber maior propensão ao planejamento”, diz Marcelo Billi, superintendente de Comunicação, Certificação e Educação de Investidores da Anbima.

Os demais destinos para as economias dos brasileiros das classes A, B e C são aposentadoria, viagem, compra de carro/moto e investir no próprio negócio, sem variação significativa em relação ao ano anterior.

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