Clubes sociais de BH aguardam aval para reabertura

18 de setembro de 2020 às 0h19

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Os clubes da Capital estão fechados desde março e enfrentam dificuldades financeiras | Crédito: Gui Guedes

Proibidos de funcionar desde março, é grande a expectativa dos clubes sociais de Belo Horizonte para uma possível reabertura. Há informações de que a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) anuncie hoje a flexibilização para o segmento. Caso contrário, a Federação dos Clubes de Minas Gerais (Fecemg) não descarta a hipótese recorrer à Justiça.

A informação é do presidente da Federação, Marcolino de Oliveira. Segundo ele, muitos clubes da Capital estão à beira da falência, já se prepararam para a reabertura, mas seguem sem poder funcionar.

“Os clubes oferecem um mix de atividades como academia, lazer, restaurantes, bares, lojas de conveniência, que já tiveram as restrições de funcionamento flexibilizadas, mas eles mesmos não puderam retomar, mesmo com todos os protocolos de segurança propostos e já discutidos com o Comitê de Enfrentamento da PBH”, disse.

Com isso, a situação dos clubes está ficando insustentável. De acordo com o representante do setor, há casos em que a inadimplência de associados chega a 25%, em outros, o impacto tem sido menor, mas não menos preocupante.

Agora, conforme Oliveira, a expectativa é de que novidades sejam anunciadas ainda nesta sexta-feira (18). “Acabamos de nos reunir (ontem, 17) com o secretário municipal de Saúde e coordenador do Comitê, Jackson Machado Pinto, e com o vereador Léo Burguês, líder do governo na Câmara de Vereadores. Ouvindo nosso apelo e nossas sérias reivindicações, o secretário se pronunciou favorável à reabertura gradual dos clubes de Belo Horizonte, se comprometendo a anunciar tal decisão”, revelou.

A prefeitura, por sua vez, convocou a imprensa para pronunciamento do Comitê à imprensa, mas não detalhou o assunto. Procurada pela reportagem, não confirmou se a pauta incluirá a liberação dos clubes.

Conforme Oliveira, a capital mineira conta com cerca de 60 clubes, que reúnem quase 500 mil sócios. Já os empregos gerados chegam a aproximadamente 10 mil. De acordo com ele, os estabelecimentos promoveram descontos que, somado às inadimplências, afetou fortemente as receitas.

“As despesas continuam as mesmas e sem previsão de abertura, não temos nem como programar a retomada das emissões dos boletos”, alegou.

Um dos argumentos do setor, é que os clubes de outras regiões do Estado, que ao todo chegam a 1.800, já reabriram, menos os da Capital. “Não queremos que libere salão de festas e sauna, por exemplo. Temos consciência e responsabilidade e não reivindicamos isso, mas queremos poder receber os sócios em nossas dependências, oferecendo o mix de serviços já liberados na cidade, seguindo todos os protocolos discutidos, inclusive, com a prefeitura”, disse.

No site da PBH há um protocolo com regras já definidas para o setor. Segundo o documento, saunas estarão proibidas de funcionar, mesmo com a abertura dos clubes autorizada. As piscinas deverão cumprir o distanciamento de dois metros entre os frequentadores e aulas coletivas deverão ser praticadas em locais arejados.

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