Um conjunto de novos editais voltados a manifestações culturais e artísticas, que irá começar pelo lançamento, ainda neste ano, de edital de fomento a culturas tradicionais e populares, via Fundo Estadual de Cultura, foi um dos anúncios feitos pelo secretário de Estado de Cultura e Turismo, Marcelo Matte, na quinta-feira (10), durante a segunda edição do Assembleia Fiscaliza.
A reunião, promovida pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), é organizada para que o Executivo preste contas de sua atuação e receba demandas de deputados e deputadas mineiros.
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Matte destacou que, no caso específico do edital direcionado a culturas tradicionais, a ideia é preservar as atividades culturais esquecidas ao longo do tempo e ampliar o alcance da verba incentivada, distribuindo melhor os recursos, tendo como um dos critérios para a seleção de projetos a avaliação do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos municípios.
“Assim conseguiremos irrigar o Estado inteiro de forma mais justa, democrática, para corrigir um erro histórico de concentração de investimentos nos municípios mais ricos e naqueles da região metropolitana da Capital”, explicou.
Em resposta ao pleito apresentado pelo Parlamento no primeiro encontro de prestação de contas da pasta na ALMG, em junho deste ano, Matte anunciou a recuperação do orçamento de custeio da Rádio Inconfidência, a preservação da frequência AM, destacando que o orçamento da rádio para 2020 está garantido.
O secretário apontou também a recente reformulação operada na programação da Inconfidência, buscando ampliação da audiência e consequente aumento de anúncios publicitários para a rádio.
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Eixos de desenvolvimento – Ao citar estudos que constatam que cada unidade monetária investida em atividades da economia criativa gera um retorno quatro vezes maior, Marcelo Matte enfatizou as potencialidades do turismo associado à cultura para a ativação econômica e o desenvolvimento sustentável.
“O investimento nestas áreas retorna rapidamente para a sociedade em criação de empregos, geração de renda e arrecadação de impostos e pode representar também a transformação da matriz econômica de nosso estado, ainda baseada em commodities minerais”, argumentou o secretário.
Os deputados mineiros também foram atualizados sobre o andamento das ações da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), além de conhecerem as perspectivas e metas desta gestão. Entre as obras já promovidas pela Secretaria, Matte citou a reforma do ar-condicionado e da central elétrica da Fundação Clovis Salgado e a reforma do telhado da Biblioteca Pública Estadual, com um aporte total de R$ 2,5 milhões.
O secretário também citou ações como a ampliação dos horários de visitação do Palácio da Liberdade para a população e a volta da cerimônia de Troca da Guarda da Polícia Militar no espaço. Foi destacado o lançamento do edital Museu Seguro, que vai investir R$ 3,5 milhões do Fundo Estadual de Cultura na elaboração e implementação de projetos de segurança contra incêndio, pânico e intrusão e na confecção de Programas de Segurança de Plano Museológico.
O lançamento da marca de destino Minas, que servirá para levar o nome do Estado para o Brasil e o exterior, mereceu destaque na apresentação do secretário. A marca integra as políticas de posicionamento de Minas Gerais diante dos mercados turísticos nacional e mundial.
Entre outras ações da Secult apresentadas na reunião estão a recuperação dos orçamentos para a manutenção dos contratos da Filarmônica; a conclusão das obras de recuperação e a reabertura da Fazenda Boa Esperança, em Belo Vale; e a inclusão do Centro Cultural Minas Tênis Clube ao Circuito Liberdade.
Foi enfatizada, além disso, a assinatura do Termo de Cooperação Técnica entre a Secult, o Instituto Estadual de Florestas e as Secretarias de Meio Ambiente e de Infraestrutura e Mobilidade, para criar o Programa de Concessão de Parques Estaduais (PARC), que contribuirá para melhorar a oferta de serviços turísticos dos parques mineiros, garantindo a conservação e preservação do patrimônio natural.
O presidente da Comissão de Cultura da ALMG, deputado Bosco (Avante), e o presidente da Comissão Extraordinária de Turismo e Gastronomia, deputado Professor Irineu (PSL), abordaram ainda a questão dos gargalos da logística de acesso em Minas Gerais, reconhecendo os esforços da Secult na busca por melhorias nesse sentido, para impulsionar o turismo no estado. Matte falou sobre a assinatura de acordo entre o governo de Minas e a companhia aérea Azul para ampliar a oferta de voos regionais e domésticos no Estado, além da inauguração de novo destino internacional da empresa saindo do aeroporto de Confins rumo aos Estados Unidos. Segundo o secretário, estão em andamento negociações com outras empresas aéreas a fim de incentivar a abertura de outros voos regionais. A intenção do governo é também melhorar e desburocratizar o acesso a rodoviárias e aeroportos.
Entre as metas apresentadas pela Secult para alcance até 2022 estão a de ampliar em 46% o número de voos nacionais e internacionais, sendo 10% ao ano, e ampliar em 46% o fluxo de turistas em Minas Gerais (10% ao ano). Além disso, por meio do aumento do volume de investimentos em promoção turística e do fortalecimento e estímulo ao turismo de negócios, pretende-se aumentar em 40% a taxa média de ocupação hoteleira em Belo Horizonte e interior. (Da Redação)
Na China, ministro busca investidores
Atração de investimentos para o Brasil. Esse foi o foco do discurso do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, durante a abertura do Fórum Global de Economia do Turismo (GTEF, sigla em inglês), realizada em Macau, na China. Para uma plateia repleta de empresários e especialistas do setor, o ministro compartilhou as ações já realizadas pelo governo federal, como a abertura das empresas aéreas ao capital estrangeiro e a isenção de vistos a países estratégicos, que estão tornando o Brasil um grande destino de visitantes e de investimentos.
“Regidos agora por uma economia eminentemente liberal, assumimos o compromisso de melhorar o ambiente de negócios, e já há várias evidências nessa direção. Temos as mudanças na legislação trabalhista, que aprimoram as condições do investimento privado, cito aqui a abertura de empresas aéreas ao capital estrangeiro, o aproveitamento dos nossos Patrimônios Mundiais, gestão compartilhada de áreas do Estado, entre outras medidas que dão confiança a quem quer investir no nosso País”, pontuou.
Ainda durante a abertura oficial do Fórum Global de Economia do Turismo, o ministro agradeceu a oportunidade de representar o Brasil como convidado de honra e reforçou as principais conquistas do setor em 2019. Entre elas está a isenção de visto para os Estados Unidos, Japão, Austrália e Canadá, e a abertura do capital estrangeiro ao setor aéreo com a chegada das low costs ao Brasil. “Estou aqui para estreitar o relacionamento com a China, que é o maior parceiro comercial do nosso País”, concluiu.
Além da abertura, Álvaro Antônio, junto ao ministro do Turismo da Argentina, Gustavo Santos, concedeu uma entrevista coletiva com a imprensa local, e tratou de assuntos como o aumento do fluxo de chineses para o Brasil; Macau como destino para brasileiros conhecerem a China e possibilidades para tornar o ambiente de negócios do Brasil juridicamente seguro para facilitar investimentos de longo prazo.
“O trabalho em conjunto entre os países do Mercosul vai entregar produtos do setor interessantíssimos aos turistas de longa distância. Nosso objetivo é facilitar esse intercâmbio entre a China e o Brasil”, disse o ministro do turismo brasileiro. Macau e Brasil já têm isenção de visto há 20 anos. O objetivo é a ampliação de três para 12 visa centers em um acordo de cooperação entre o Itamaraty e o MTur.
Após a coletiva de imprensa, os ministros do Brasil e Argentina foram peças-chave de um almoço em homenagem aos países. Na ocasião, Marcelo Álvaro Antônio direcionou o seu breve discurso aos investidores presentes e reforçou a abertura de mercado em um novo momento que o Brasil vive. “Nós temos grandes destinos que interessam os chineses como o Pantanal, Foz do Iguaçu e também oferecemos uma oportunidade grande no turismo de negócios”, afirmou.
Neste ano, além de ter o Brasil, a Argentina e a província chinesa de Jiangsu como homenageados, a organização aposta em promover, pela primeira vez, a Conferência Mundial de Investimento e Financiamento do Turismo, na qual participam especialistas em investimento e líderes do turismo de topo a nível mundial.
O país oriental é um dos que mais emitem turistas para o mundo. Hoje, dos mais de 141 milhões de chineses que viajam todo ano, cerca de 60 mil escolhem o Brasil como destino, tendo como principais motivações o turismo de negócios e o ecoturismo. Dados do Perfil da Demanda Turística Internacional, do Ministério do Turismo, mostram que os chineses movimentam, por dia, cerca de US$ 65. Destinos como São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Foz do Iguaçu (PR) e Manaus (AM) são alguns dos mais visitados por eles. (Com informações do MTur)