Empresas preveem alta na demanda

23 de abril de 2020 às 0h07

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Crédito: Pixabay

A pandemia do novo coronavírus tem causado uma série de mudanças de hábitos na sociedade. Além do uso de máscaras e álcool em gel, uma grande preocupação das pessoas tem sido em relação ao contato em dispositivos de uso comum.

Isso porque chaves eletrônicas, cartões, pontos de biometria digital e catracas representam um risco real de contaminação.

Nesse cenário, empresas de Belo Horizonte, que atuam na área de tecnologia de reconhecimento facial, estão prevendo expansão do segmento neste ano e registram aumento da procura por essa solução no último mês.

“A sobrevida do vírus em superfícies pode variar de horas até dias, o que reforça a importância de soluções tecnológicas que dispensem a necessidade constante de limpeza ou que não necessitem do toque para seu funcionamento. A tecnologia de reconhecimento facial se mostra extremamente importante nesse caso”, afirma o CEO da Biomtech, Ricardo Cadar.

A empresa, especializada em soluções tecnológicas no uso da biometria facial e que atua no mercado desde 2012, tem sido cada vez mais procurada por condomínios, edifícios comerciais, hospitais e escolas privadas para troca do modelo de acesso.

“A implementação da nossa tecnologia é uma realidade no mercado; o que mudou, em termos de demanda, é que agora, além da segurança, existe uma grande preocupação com as formas de evitar o Covid-19 e outras doenças pelo contato com objetos de uso comum”, afirma Cadar.

Em junho, a VIP ID, empresa de tecnologia em reconhecimento facial, vai completar dois anos de atividades. O CEO da empresa, Francisco Nunes de Oliveira, está otimista e acredita que os negócios no setor tendem a crescer: em um mês de pandemia, já contabiliza 22 condomínios interessados na solução tecnológica.

“Muitos síndicos estão esperando medidas mais brandas do isolamento social para conhecerem pessoalmente o sistema de biometria facial”, afirma. “Fomos também procurados por dois shopping centers da Capital, que estão aguardando medidas de abertura do comércio para darem andamento na implementação da biometria facial para portas de acesso restrito da administração.”

O CEO da VIP ID afirma que fechou três contratos com colégios particulares de Belo Horizonte antes da pandemia e acredita que, na reabertura das escolas, essa procura vai ser ainda maior.

“O investimento em tecnologia de biometria facial será uma resposta da direção das escolas aos pais sobre as medidas para evitar a propagação desse e de outro vírus”, observa. “A procura não será apenas por colégios, mas também escritórios, clínicas, hospitais e condomínios. Estamos vivendo essa mudança de cultura; será necessário ter essa mudança de cultura”, afirma.

O executivo Marlon Hilário Cruz está no setor de tecnologias de acesso há cerca de 15 anos. Diretor comercial da Ponto Rápido e Átomo Controle de Acesso, ambas especializadas no segmento de biometria facial, ele conta que trabalha com outros dispositivos de acesso e está vendo a busca pelo reconhecimento facial crescer.

“Estamos sendo procurados, principalmente, por condomínios e escolas”, destaca. Ele narra que está em negociação com farmácias, laboratórios e hotéis.

Para ele, o momento atual de pandemia é um divisor de águas para o segmento. “A demanda pela biometria facial já vinha crescendo e percebíamos muito interesse e curiosidade por parte dos clientes. Agora, estou sentindo uma necessidade por parte das pessoas. A maneira como nós acessamos os locais, sem contato físico, virou uma necessidade”, observa.

Marlon Cruz revela ainda uma mudança nas licitações do setor público. “Também trabalhamos com licitações e a opção pela biometria facial já está ocorrendo para catracas, folhas de ponto e outras formas de acesso. Já existe essa preocupação por um controle de acesso que traga segurança sanitária para as pessoas”, afirma.

A Biomtech desenvolveu um software que pode ser adaptado para diversos tipos de necessidade, como catracas, elevadores, entrada e saída de prédios residenciais e comerciais, escolas e hospitais, com custo acessível. Segundo Cadar, o objetivo da empresa é fazer com que as inovações na área de biometria facial cheguem até o dia a dia das pessoas, desenvolvendo soluções em sistemas acessíveis, confiáveis e fáceis de operar. (Da Redação)

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