Exportações podem subir 5% com ajuda da Rússia

8 de janeiro de 2019 às 0h05

img
Crédito: Paulo Whitaker/Reuters

São Paulo – As exportações brasileiras de carne bovina (in natura e processada) devem crescer 5% em volume neste ano, em meio a uma esperada retomada de compras pela Rússia, disse ontem a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), que apontou embarques recordes de 1,639 milhão de toneladas em 2018.

De acordo com a Abrafrigo, que compilou números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os envios brasileiros no ano passado superaram em 10% o total de 2017. Em receita, houve incremento de 8%, para US$ 6,5 bilhões.

O volume movimentado no ano passado superou o recorde anterior, de 1,56 milhão de toneladas, estabelecido em 2014. Mas a receita ficou aquém dos US$ 7,2 bilhões daquele ano, que teve “melhores preços para o produto brasileiro”.

Conforme a Abrafrigo, os russos adquiriram apenas 7 mil toneladas de carne bovina do Brasil em 2018, após 150 mil em 2017. O embargo se deveu a lotes contendo o aditivo ractopamina, proibido naquele país.

China – Mas, segundo a associação, um aumento das compras por parte da China compensou a ausência dos russos. Foram 150 mil toneladas a mais em 2018, em um total de 717,5 mil toneladas, com o país importando por Hong Kong e pelo continente 43,8% de toda a comercialização brasileira, contra 38,2% em 2017.

O Egito aumentou suas aquisições em 18%, ficando na segunda posição entre os países importadores, com 181,1 mil toneladas. Em terceiro, aparece o Chile, com quase 115 mil toneladas (+77%).

Segundo a associação, além da Rússia, Irã e Estados Unidos tiveram queda significativa nas importações, de 40% e 16%, respectivamente.

Marfrig – A unidade da Marfrig instalada na cidade de Mineiros, em Goiás, voltou a operar em janeiro com capacidade total, informou a companhia em nota. Em 12 de outubro do ano passado, um incêndio de médias proporções comprometeu parte das instalações da planta.

As atividades foram temporariamente paralisadas e parte da produção desviada para outras unidades da Marfrig. De acordo com o comunicado, durante os últimos três meses a planta foi totalmente recuperada.

Com a reativação, os funcionários, que desde novembro foram mantidos sob o regime de Bolsa Qualificação Profissional (lay-off), voltam a exercer normalmente suas atividades na empresa.

A planta de Mineiros tem capacidade para abate de 1.000 cabeças de gado ao dia e emprega cerca de 1.000 pessoas. (Reuters/AE)

Tags:
Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

Siga-nos nas redes sociais

Comentários

    Receba novidades no seu e-mail

    Ao preencher e enviar o formulário, você concorda com a nossa Política de Privacidade e Termos de Uso.

    Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

    Siga-nos nas redes sociais

    Fique por dentro!
    Cadastre-se e receba os nossos principais conteúdos por e-mail