Faturamento da mineira Veolink em 2021 deve chegar a R$ 70 milhões

6 de agosto de 2020 às 0h13

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Gaspari: estamos passando pela crise sem perder a nossa performance | Crédito: Kátia Lombardi

O setor de segurança eletrônica no Brasil faturou R$ 7,17 bilhões, em 2019. O mercado passou por muitas transformações nestes últimos 20 anos. Observam-se mudanças positivas, como o crescimento da profissionalização da área, com muitas ofertas de cursos de graduação para quem tem interesse em seguir a carreira no segmento.

“Com mais de duas décadas nesse segmento, sou testemunha ocular de como essa área é diferenciada. O que pude constatar é que as melhorias são uma constante; o nível de profissionalismo deu um salto. E tudo isso faz com que vislumbremos o futuro desse mercado com muito bons olhos”, avalia o CEO da Veolink, Claudio Gaspari.

Com previsão de faturamento de R$ 70 milhões para 2021, 27,2% a mais do que os R$ 55 milhões previstos para esse ano, além de investimento de R$ 3,5 milhões no próximo exercício,  a Veolink, pertencente ao Grupo Graber, é atualmente uma das principais integradoras de alto nível de soluções em segurança eletrônica.

O diferencial é uma gestão voltada para a excelência de seus produtos, capacidade de implementar, oferecer manutenção, além de desenvolver soluções de tecnologia proprietária. “Atuamos em todo o Brasil, são mais de 300 cidades brasileiras homologadas com prestadores de serviços. Estamos conseguindo passar pela crise sem perder a nossa performance”, garante Gaspari.

A base de desenvolvimento de tecnologia proprietária da Veolink conta com a tecnologia Nautilus de gestão de acessos e de sistemas operacionais; a tecnologia VIU de transmissão de imagens e geoposicionamento via celular; e o sistema SGO Argus de controle de processos, nome provisório para a nova versão do já conhecido sistema Ronda, que aliada a capacitação de integrações profundas com sistemas tradicionais de mercado, permitem a Veolink posicionar-se no topo da pirâmide de capacitação, para a integração de sistemas de segurança e a gestão operacional para todos os segmentos de negócios.

Após a fusão no início deste ano – Veotex e Securitylink, ambas do Grupo Graber -, a Veolink vem se posicionando no mercado de segurança eletrônica, como uma companhia que busca inovações. Com dois departamentos de Pesquisa & Desenvolvimento, localizados em São Carlos (SP) e Belo Horizonte, a empresa tem foco em ofertar tecnologias próprias.

“Com a fusão, o crescimento foi enorme. Hoje, temos 170 colaboradores, é uma equipe fenomenal. Com os nossos P&D, o grande desafio é transformar essa capacidade de criar em produtos que gerem negócios. Por isso, é importante ter profissionais qualificados, capazes de trazerem ao mundo real o turbilhão de ideias”, explica o CEO.

Cresce demanda por câmeras térmicas

Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Segurança Eletrônica (Abese) nos meses de abril e maio com indústrias, distribuidores e prestadores de serviço de todo o País, sobre os impactos do Covid-19 no setor, registraram que 40% das empresas do segmento notaram o aumento da procura por soluções de segurança voltadas às novas demandas que surgiram devido à pandemia.

Segundo o levantamento, entre as tecnologias mais buscadas durante este período estão as câmeras térmicas e o reconhecimento facial.

Antes do início do isolamento social, as câmeras térmicas – ainda utilizadas com foco na segurança – representavam 6,2% das vendas do segmento. Contudo, a pesquisa mostra que após o início da quarentena, a comercialização de câmeras capazes de identificar indivíduos com temperatura acima de 37,8°C (indício de quadros de febre), um dos sintomas de alerta do Covid-19, saltou para 13,7% das soluções comercializadas.

O crescimento representa a adaptabilidade das soluções do setor que, além de inovação, também investe no aprimoramento contínuo das tecnologias que já existem para que se adequem às novas demandas e alcancem novos mercados e não apenas a segurança.

“Produzidas inicialmente para monitorar fronteiras e florestas, a fim de detectar o calor do corpo à distância identificando a presença de pessoas escondidas eventualmente nestes lugares, as câmeras térmicas agora estão sendo uma das principais “armas” contra o coronavírus. Facilitam a medição de temperatura das pessoas em lugares de grande movimento, por serem fixadas na entrada dos estabelecimentos e evitarem aglomeração (diferente daqueles aparelhos manuais, que tornam inviável a aferição de pessoa por pessoa). As câmeras conseguem medir a temperatura de até 15 clientes ao mesmo tempo e se alguém estiver com a temperatura de 37,8 graus ou mais, disparam um alerta”, afirma Rubens Branchini, especialista em segurança eletrônica e Diretor Comercial da Dealer Shop, distribuidora de soluções em projetos e produtos de segurança eletrônica.

A empresa se reinventou para suprir o novo normal que anseia por estabelecimentos covidfree e investiu 40% a mais para incluir em seu portfólio câmeras de imagem termográficas, controles de acesso sem toque (touchless), além de câmeras que utilizam inteligência artificial para o reconhecimento do uso de máscaras faciais ou aglomeração de pessoas que não respeitem o distanciamento social.

Como diferencial, a Dealer é a primeira do setor a dispor em sua sede, na capital paulistana, de um Centro de Experiências inovador dedicado aos clientes para que possam testar estas novas soluções tecnológicas, a partir de cenários que simulam de forma prática seus estabelecimentos.

Os resultados do investimento da Dealer já são positivos; a distribuidora paulistana identificou um crescimento de 70% nas consultas sobre os equipamentos e os clientes mais interessados são os do comércio de varejo.

“Entendemos que o Covid-19 trouxe o novo normal, onde a segurança é e será imprescindível para a reabertura dos negócios no País, por isso, seguimos atentos no mercado disponibilizando o que há de melhor e mais atual em tecnologia para promoção de espaços covid-free”, afirma Branchini, executivo da empresa que, além de equipamentos de combate ao Covid-19, dispõe de soluções de segurança remota, serviços de portaria, vigilância e atendimento aos usuários.

Embora as vendas das câmeras térmicas tenham mais que dobrado, o especialista Branchini considera que ainda há espaço para o crescimento desse mercado. Se antes da pandemia as câmeras térmicas eram encontradas por até R$ 120 mil, nos últimos meses com ao Covid-19, o valor diminuiu para R$ 60 mil e a tendência é de que os valores tornem-se ainda mais acessíveis com o passar do tempo.

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