Clientes sumidos, lojas fechadas e um plano de expansão que já não mais fazia sentido. O cenário desolador desabou sobre as cabeças de muitos empresários brasileiros em meados de março, quando o Covid-19 fez suas primeiras vítimas no País e o isolamento social se mostrou como a profilaxia mais eficaz contra a disseminação da doença.
A Loja do Sapo, especializada em manutenção de dispositivos eletrônicos, foi uma das que passou pela mesma situação. Mas, segundo o sócio da Loja do Sapo, Douglas Sabino, a parada fez com que a equipe se reunisse, reavaliasse estratégias e fosse capaz de reconhecer oportunidades em meio à crise. A expectativa agora é que a empresa tenha um resultado no final do ano melhor do que o projetado no fim de 2019.
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“Esse não é um momento para comemorarmos nada, mas era importante encontrar oportunidades quando tudo parou, afetando duramente nossos planos de expansão. Passamos por um momento de pessimismo, mas fomos nos adaptando e agora estamos crescendo mês após mês. Temos nossa essência on-line, nascemos no Instagram e só depois fomos para o mundo físico. Fazíamos atendimento pelas redes e no início do ano decidimos ir para os shoppings. Muitos clientes queriam nos achar sem ser com horário marcado em um lugar. E, por sermos nativos digitais, vivemos a adaptação imposta pela pandemia de um jeito mais fácil. O plano de abrir 10 unidades está em stand by, mas não desistimos de estar nas principais capitais em cinco anos”, explica Sabino.
Para dar conta da demanda crescente, a empresa já contratou 10 novos colaboradores e mudou a sede para um espaço maior. Também reforçou o investimento em treinamento e instituiu protocolos de biossegurança. O cliente pode optar por receber o técnico em casa, enviar o aparelho pelos correios ou solicitar que o equipamento seja buscado e entregue por um serviço de entrega da própria Loja do Sapo (delivery).
“Instituímos os protocolos para que todos fiquem seguros e confortáveis para entrar na casa de alguém ou receber alguém em casa. As pessoas estão com medo de sair, mas nesse momento precisam, mais que nunca, que os aparelhos funcionem. O home office aumentou o exponencialmente o uso do celular para o trabalho e isso, claro, aumentou a demanda por consertos. Ao mesmo tempo, as lojas de consertos estão fechadas, e como nós já atendíamos de maneira remota, também conquistamos parte desses clientes. E, por fim, muita gente tinha uma troca de aparelho programada e com as lojas fechadas e também por uma política de redução de gastos, vão optar pelo conserto e não mais pela compra”, analisa o sócio da Loja do Sapo.