Os leitores e o Sistema S

17 de janeiro de 2019 às 0h01

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Cesar Vanucci*

“Quisera ter estudado no Senai!”
(Wenceslau Teixeira Madeira, advogado e consultor)

A série de artigos, aqui estampados, sobre o “Sistema S” rendeu manifestações de ilustres leitores. As considerações feitas dão conta do caráter momentoso da questão. Ouçamos o que dizem os autores das mensagens.

Wenceslau Teixeira Madeira, consultor e advogado do escritório “Sacha Calmon – Misabel Derzi, Consultores e Advogados”: “Prezado jornalista Cesar Vanucci, parabéns pelas colunas lavradas sobre o sistema SS. Nasci em Nova Lima e conheci os professores e alunos que passaram pelo Senai.

Depois convivi com estes mesmos professores e alunos, que tornaram-se industriais ou pequenos empresários e grandes projetistas. Se não fosse o Senai o Brasil continuaria, até hoje, importando peças e equipamentos que eram empregados nas indústrias que fabricavam os produtos acabados (siderurgia, metalurgia, mineração etc). Os RHs das empresas recrutavam e admitiam todos os alunos formados no Senai. Formados no Senai ou escolas profissionais das empresas antes das instituições criadas pela grande escola. Uma peça do equipamento quebrava, o supervisor entregava o desenho da peça danificada ao ex-aluno do Senai e este, algum tempo depois, fabricava nova peça, a máquina não interrompia e o fluxo de produção continuava. Meu Deus, o Senai e suas escolas técnicas talvez sejam as únicas instituições no País que projetam seus alunos para o futuro.

Apenas me queixo da extinção do curso de marcenaria. Quisera ter estudado no Senai. Assim, meu jornalista, continue informando e noticiando a matéria divulgada e, quem sabe, nossos governantes despertarão sobre a necessidade do Senai, cujas verbas arrecadadas são as melhores aplicadas no Brasil. Abraços.”

Com a palavra agora o engenheiro e empresário Guilherme Roscoe: “Caro Vanucci, palpito sobre sua defesa dos SS. Ninguém discute a qualidade do serviço prestado, nem sua importância social, que ajuda na maior produtividade das empresas. Não se cogita extingui-los, nem desprezá-los.

Apenas, por questão de lógica, se é bom, reconhecidamente útil – por unanimidade -, que se deixe a cargo de cada empresário contribuir da forma que achar justa, possivelmente até maior do que a “contribuição” obrigatória (incoerência semântica). Esta é a questão: a obrigação universal, todos, em qualquer circunstância, são obrigados (impostos) a dar sua parte, independentemente de suas prioridades e urgências momentâneas. Num momento crítico, na óbvia necessidade de “apertar o cinto”, os empresários e dirigentes classistas deveriam dar seu exemplo, concordando com essa flexibilização! Seria também de bom alvitre que essas contas fossem mais transparentes: qual é a parcela que se perde na burocracia, mordomias e excessos da superestrutura dos sistemas? 60%? O mesmo raciocínio serve para os sindicatos, ONGs e que tais: se são bons, que se financiem com recursos voluntários de seus adeptos, membros e beneficiários. Antes de dizer que é impossível, veja exemplo recente e eloquente do Partido Novo! Basta, não é mesmo? Grande abraço.”

Maria Laura Nepomuceno, professora, ressalta que ela e o irmão “frequentaram excelentes escolas do Sesi” e que dois primos “aprenderam ofício no Senai.” Arremata: “Todos nos beneficiamos grandemente com as aulas do Sesi e do Senai. Levamos os conhecimentos adquiridos para nossas vidas e atividades profissionais.”

Eurico Augusto Saraiva, comerciante, concorda com a observação de que “as entidades do “Sistema S” prestam excelentes serviços.” Entende, todavia, que, “é chegada a hora de se dar total transparência na prestação de contas das entidades, como propõem elementos do governo.”

  • Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

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