PIX deve trazer mais segurança e praticidade às operações

12 de novembro de 2020 às 0h11

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Crédito: Divulgação

Começa a valer oficialmente no próximo dia 16 o chamado PIX, novo meio de pagamentos e transferências disponibilizado pelo Banco Central. Ao contrário dos atuais TED e DOC, que funcionam apenas no horário comercial, o sistema permitirá que pessoas físicas e jurídicas realizem transferências ou pagamentos instantâneos a qualquer momento. Os usuários têm feito seus cadastros desde o dia 5 de outubro, quando o sistema entrou em fase de operação restrita para realização de testes.

Um dos principais questionamentos dos usuários a respeito do PIX se refere às tarifas. O professor Leandro Silva, coordenador dos cursos de gestão e ensino a distância do Centro Universitário Newton Paiva, explica que a operação poderá ser tarifada para todos os usuários. “Cada banco terá sua prerrogativa de cálculo. Porém, os preços devem ser reduzidos em relação ao sistema atual, uma vez que o banco central definiu que será cobrado apenas R$ 0,01 para cada 10 operações”.

O especialista afirma que o sistema oferecerá muitas vantagens aos usuários, como redução de custos, aumento da segurança e aprimoramento da experiência dos clientes. “O PIX também deve aumentar a competitividade no mercado financeiro, uma vez que forçará as instituições tradicionais a repensarem seus produtos para manterem seus clientes satisfeitos”, afirma.

Segurança – Um dos principais diferenciais do PIX é a segurança. O Banco Central garante que todas as transações ocorrerão por meio de mensagens assinadas digitalmente, que trafegam de forma criptografada, em uma rede protegida e apartada da internet. Além disso, as informações pessoais dos usuários estarão protegidas pelo sigilo bancário e as medidas de segurança já adotadas em TEDs e DOCs.

No entanto, Leandro Silva chama atenção para alguns cuidados que os usuários devem ter. “É importante ter ciência de que todas as etapas do cadastro e ativação do PIX são feitas pelos aplicativos oficiais das instituições financeiras. Quaisquer contatos por e-mail, SMS ou telefone têm grandes chances de ser fraudes. Além disso, a utilização do sistema exigirá um cuidado extra com a proteção dos smartphones, que serão a principal ferramenta utilizada nas operações”, orienta.

BC anuncia mais funções do novo sistema

O Banco Central anunciou, na última sexta-feira (29), mais funções do PIX, novo meio de pagamento digital instantâneo, que entrou em testes dia 3 de novembro, e chega ao público em geral no dia 16. O BC lançou o “PIX Boleto” para pagamento de contas e taxas, criou regras para cobranças do uso do PIX por pessoas cadastradas como físicas, mas com transações que se configuram como comerciais, e tornou obrigatória a adoção da interface de programação de aplicações (API) padronizada pela autarquia federal.

Os executivos da Capco, Letícia Murakawa, diretora executiva, e Manoel Alexandre Bueno e Silva, head do Capco Digital Lab São Paulo, explicam que tais medidas têm impacto significativo no mercado e mostram que a agenda de implantação do PIX caminha com firmeza, até a liberação ao público em meados de novembro. A Capco é uma consultoria global de gestão e tecnologia dedicada ao setor de serviços financeiros que vem acompanhando a evolução internacional dos meios de pagamento e do sistema financeiro de forma geral, tendo participado de processos semelhantes ao que está acontecendo aqui no Brasil em países como Reino Unido, Austrália, Singapura, além de seguir de perto os últimos movimentos na China e Índia.

“A criação do PIX Boleto é uma etapa importante do processo de implantação e tende a ajudar na disseminação do novo sistema de pagamentos. Nesta modalidade, o código QRCode, além do valor e destino, traz informações de prazo, juros e multas em caso de atraso. Tem tudo para ser uma alternativa mais digitalizada dos conhecidos boletos, sendo que o varejo, concessionárias e uma variada gama de empresas pode conseguir reduzir custos financeiros com sua utilização”, afirma Manoel Alexandre Bueno e Silva.

Já as regras para cobrança do uso do PIX por pessoas físicas, criam parâmetros comuns neste mercado, uma vez que pequenos empreendedores formalizados serão taxados. “O anúncio visa também dirimir algumas dúvidas e até informações desencontradas afirmando que haveria custos para pessoas físicas no recebimento, mas não há. Para pessoas físicas que têm uma movimentação de recebimentos equivalente a um negócio, esse custo só pode incidir a partir do 31ª pagamento”, explica Letícia Murakawa.

A criação do padrão de API irá facilitar eventuais migrações de fornecedor de recebimento de PIX. “Além de facilitar a gestão e reduzir custos, essa medida mais uma vez visa desconcentrar a prestação de serviços financeiros por meio da facilidade de portabilidade”, comenta o diretor do Capco Digital Lab São Paulo.

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