Profissionais mineiros apostam no mergulho como alternativa de renda

6 de julho de 2022 às 0h25

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Crédito: Adobe Stock

Eles gostavam de mergulhar. Investiram na atividade recreativa, participaram de cursos e viram, com o passar do tempo e as viagens ao fundo do mar, uma possibilidade de renda extra. Tornaram-se auxiliares, depois instrutores de mergulho, conciliam com o trabalho ou até colocaram a nova carreira como a primeira profissão.

 “Sempre fui apaixonado pelo mar. Todas as viagens de férias eram para o litoral – Tailândia, Havaí, Caribe, Fernando de Noronha… Adquiri experiência, fiz vários cursos de especialização”, conta o engenheiro Eduardo Bastos Paiva.

No ano passado, ele recebeu o convite para ser instrutor da Mar A Mar, escola de mergulho de Belo Horizonte, a mais premiada da América do Sul. “Achei interessante aliar uma atividade que gosto com dar aula, ajudar outras pessoas”, diz. Foi atrás do curso, tornou-se profissional em setembro de 2021, adaptou a carreira à de engenheiro de telecomunicações. “Dou aulas de mergulho à noite ou nos fins de semana, fora do expediente padrão da empresa. Não há problemas.” Vai continuar com o mergulho como a segunda profissão.

“Mais importante que ter uma renda extra é poder dar conhecimento a outras pessoas. Uma aluna, ao final do curso, falou que tinha acabado de realizar o maior sonho da vida dela. É muito gratificante”, diz Eduardo Paiva. Ele lembra que, além disso, a atividade o leva a conhecer muita gente e ir a locais paradisíacos. Fora os benefícios do mergulho: “Traz superação de desafios, autoconfiança, análise de risco, atenção aos cuidados”.

Tudo isto levou o fotógrafo Victor Gonçalves Vasconcelos de Souza a também colocar o mergulho na sua vida profissional quando voltou a morar em Belo Horizonte. Já foi montanhista, deu cursos de ecotreinamento, apaixonou-se pelo mergulho, especializou-se, morou em Natal, Fernando de Noronha e no México, tornou-se instrutor. “Hoje, trabalho em duas profissões prazerosas. É uma satisfação muito grande dar aula de mergulho e fotografar”, relata.

Está há um ano com o duplo trabalho e muito bem adaptado. Alia as agendas. “Há uma escala prévia na Mar A Mar e, assim, dá para planejar”, explica Victor Gonçalves. As atividades ficam par a par, têm igual importância para ele. Pode chegar à primeira profissão como ocorreu com Carlan Lucas.

Ele começou com mergulho recreativo, gostava de viajar, resolveu investir na atividade, mas nem pensava em se profissionalizar. Veio o convite para fazer curso, formou-se como Diver Master (primeiro nível profissional de um mergulhador), depois, instrutor em 2015. Conciliava a atividade com a de empresário. Em 2021, vendeu sua gráfica e resolveu se dedicar prioritariamente ao mergulho. Hoje, é coordenador de treinamento da Mar A Mar.

“Foi tranquila a transição de carreira porque já entendia muito da atividade”, diz Carlan Lucas. Segundo ele, para se tornar instrutor é preciso fazer cursos básico, quatro especialidades, primeiros-socorros, resgate, ciência do mergulho, divemaster, diveguide, e por último, o curso de instrutor, onde são aprimoradas as técnicas, demonstradas as habilidades de como gerenciar as operações e conduzir treinamentos. “É uma prática muito saudável e é bom saber que o mergulho ajuda os alunos a superar limites, a controlar o estresse, a trabalhar em equipe”.

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