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Negócios

Startups preferem captar recursos via investimento-anjo

Opção, porém, requer processos mais criteriosos para conseguir capital

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  • Por Diário do Comércio
  • Em 23 de junho de 2022 às 00:28
Ir além dos aportes financeiros se tornou vital, disse Cintra | Crédito: Divulgação/Br Angels

Após um 2021 de recordes no investimento em startups, tanto no ecossistema nacional quanto no internacional, o anseio de empreendedores é que o volume de aportes em 2022 seja linear, com mais um ciclo positivo, apesar de mais tímido.

No que diz respeito ao tipo de captação de recursos preferido pelos líderes de startups, o investimento-anjo se destaca, com 49,88% indicando esta categoria. Em seguida, 19,71% optam por grandes fundos de Venture Capital; 13,30% por micro Venture Capital; 7,13% por fundos ou entidades do governo; e 9,98% por outros meios.

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Estas são as principais conclusões do “Report Investimento 2022 BR Angels / Abstartups”, estudo realizado pela BR Angels Smart Network, associação nacional de investimento-anjo composta por mais de 250 C-Levels e empreendedores de importantes empresas, em parceria com a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), organização sem fins lucrativos de representação das startups brasileiras.

A motivação da pesquisa, realizada pela primeira vez pela Abstartups, foi investigar o cenário, os desafios e as oportunidades futuras sobre investimentos no ecossistema de inovação brasileiro a partir da perspectiva de líderes de startups que se encontram em fase de investimento, entre anjo e Séries A. As 257 startups entrevistadas estimam para os próximos 24 meses triplicar a receita (58%); duplicar a receita (37%); manter a mesma receita (2,7%); ou não ter receita, com uma porcentagem muito baixa (2,3%).

Além de recursos financeiros, os investidores-anjo empregam o amplo conhecimento de mercado para contribuir com o desenvolvimento do negócio, fazendo com que a experiência na interação com eles seja excelente e de alto impacto para 37,7% das startups consultadas; boa e de impacto positivo para 36,2%; de impacto médio para 16,7%; e podendo ter um impacto maior apenas para 9,4%.

Realizado em maio de 2022, o estudo revela ainda que a expectativa de 31,7% dos empreendedores é que a relação com os investidores-anjo ajude a abrir portas em potenciais clientes e no uso da rede de relacionamentos. Por outro lado, 24,9% esperam que auxilie no aconselhamento em áreas específicas – como tecnologia, RH e vendas; 20,7% na projeção da startup no mercado; 10,2% no mapeamento da concorrência e posicionamento do negócio; 10,2% no desenvolvimento profissional; e 2,3% em aspectos distintos.

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Para o fundador e CEO da BR Angels, Orlando Cintra, o capital intelectual disponibilizado pelos investidores-anjo é tão importante quanto o capital financeiro, podendo muitas vezes superar a quantia aportada a longo prazo.

“Em um cenário econômico ainda mais desafiador, ir além dos aportes financeiros se tornou vital para as startups. O capital intelectual – seja mentoria, aconselhamento ou abertura de portas em potenciais clientes – se transformou em um ativo tão ou talvez mais valioso que o próprio capital financeiro. Para um novo negócio ter uma trajetória longa e sustentável, é necessário ter a sua fonte de Smart Money, com bons investidores e ótimos advisors. Na BR Angels, por exemplo, são mais de 5.000 empresas mapeadas, onde os mais de 250 associados possuem relacionamento, para apresentar a startup e facilitar seu contato comercial. Fazemos isso diariamente”, afirma Cintra.

“Além disso, estruturamos grupos Smart de diversas especialidades e promovemos mais de 100 horas mensais de mentoria para as startups do portfólio, que dão um feedback muito positivo sobre essa interação e troca de conhecimentos. Também incentivamos o ecossistema externo com debates, eventos e pesquisas como esta, em parceria com a Abstartups”, completa.

Outras possibilidades

Outro ponto abordado pelo relatório é a pretensão de 42% das startups em usar nos próximos anos produtos de Venture Debt, uma opção de financiamento para negócios que não possuem garantias ou geração de caixa suficientes para obter empréstimos tradicionais. Este modelo não é diluente de participação acionária e tem liberação mais rápida em comparação ao capital proveniente de fundos de Venture Capital.

Em vez de focar no fluxo de caixa histórico ou ativos de capital de giro como fonte de reembolso, a Venture Debt enfatiza a capacidade da empresa em levantar capital adicional para financiar o crescimento e pagar a dívida. As principais motivações para as startups desejarem recorrer a esses recursos são financiar a expansão e o crescimento (52,9%), minimizar a diluição (21,8%), financiar capital de giro para a operação (20%) e por conta das dificuldades de captar com equity (2,4%).

Frente às dificuldades evidenciadas no ecossistema de inovação no pós-pandemia, as 257 startups entrevistadas indicaram como prioridades o aumento da receita/vendas (47,5%); levantamento de funding/captação (20,2%); otimização do produto (9,7%); otimização de plataforma tecnológica (8,6%); aumento ou desenvolvimento do time (7,4%); busca por mentores/advisors (3,9%); e melhorias na retenção de clientes (2,7%).

No entanto, a captação pode ficar um pouco mais difícil. Segundo o diretor-executivo da Abstartups, Luiz Othero, os empreendedores vão esbarrar em um cenário mais criterioso por parte dos investidores. “Esperamos para o ano de 2022 um cenário mais focado em análise da performance operacional e análise de indicadores que cada startup atingir para receber rodadas grandes de investimento. No entanto, os investimentos Early Stage devem seguir com os mesmos níveis observados no ano passado, as rodadas maiores serão as mais atingidas”, diz Luiz Othero.

Ainda de acordo com o executivo, um cenário com altas taxas de juros, preocupação com a inflação em diversos países e com as startups competindo com ativos mais seguros, é natural o ambiente se tornar mais criterioso. “Podemos esperar bastante racionalidade na decisão dos investimentos e pouca euforia”, conclui.

O caminho até o recorde

Apesar da desaceleração dos aportes em 2022, não é exagero considerar 2021 o ano das startups brasileiras. Afinal, o recorde não foi apenas nos investimentos, que ultrapassaram R$ 80 milhões e atingiram valor quase 3 vezes maior que em 2020, mas também no número de novos unicórnios em um ano, que chegou a 10.

De acordo com o estudo, a divisão geográfica dos investimentos é similar à de startups, com o Sudeste ainda como favorito dos empreendedores e investidores – 53% das startups participantes que receberam aportes no último ano são da região. O Centro-Oeste e Norte são as regiões que tiveram menos startups com acesso a recursos financeiros, com 4,5% e 3,2% dos aportes, respectivamente. O Nordeste, mesmo enfrentando desafios similares, tem ganhado força e atraído a atenção de vários players, atingindo 12,1% dos investimentos. E seja em volume de startups ou de captação, o Nordeste aparece na lista logo em seguida do Sul, que recebeu 26,9% do montante.

Já em relação ao modelo de negócio, 31,2% das startups que captaram investimentos em 2021 caracterizam-se como SaaS, ou “software como serviço” – um jeito de vender sistemas na forma de serviços ao invés de produtos. No entanto, é o marketplace que segue em alta, concentrando 68,2% dos negócios investidos. O público-alvo dessas startups são majoritariamente empresas, ou seja, B2B (84,2%); empresas e consumidor final ou B2B2C (12,05%); consumidor final ou B2C (3,6%); governo ou B2G (0,8%); Peer-to-Peer ou P2P (0,5%); e startups ou B2S (0,1%).

Fundos de grandes empresas disparam

Segundo um levantamento da consultoria Brain & Company, o Brasil tem acompanhado nos últimos anos uma disparada no número de fundos de investimento criados por grandes empresas. A pesquisa indica que o País saltou de nove Corporate Venture Capital (CVCs) em 2015 para 73 em 2021, com tendência para ultrapassar ainda em 2022 a marca dos 100. Mas por que, afinal, esse modelo tem crescido tanto no País?

A primeira explicação para isso é um olhar para o que acontece no restante do planeta. Nos Estados Unidos, por exemplo, CVCs representam 0,45% do PIB (Produto Interno Bruto) do país. No Brasil, além de o valor absoluto ser menor, existe uma defasagem na proporção: 0,14%. “Temos acompanhado nos últimos anos um desenvolvimento significativo desse tipo de fundo no Brasil, mas ainda estamos muito aquém do volume registrado em outros países. Essa comparação nos permite inferir que existe caminho para um crescimento ainda maior”, aponta Carlos Junior, fundador e CEO do Grupo Sai do Papel, ecossistema que desenvolve ideias e negócios de referência no segmento de inovação.

Investidor há décadas e eleito pela Associação Brasileira de Startups um dos 10 melhores mentores do País, o executivo tem participado ativamente desse movimento. O próprio Grupo Sai do Papel tem uma unidade de negócio, a SdP Capital, que ajuda empresas a implementarem CVCs. “Trabalhamos com a construção e a gestão dos fundos para que exista um alinhamento de cultura organizacional em um processo ágil e autônomo”, completa Carlos Junior.

Nos últimos anos, os CVCs também têm sido impulsionados pelo contexto econômico. Com juros em alta no Brasil e no exterior, investidores estão menos afeitos ao risco. No entanto, startups e novos negócios seguem em busca de aporte para viabilizar suas operações. A relação entre necessidade constante e redução de recursos disponíveis criou um cenário propício para fundos atrelados a companhias, que normalmente possuem maior lastro de investimento e conseguem aproveitar as condições de negociação.

Outro fator relevante para a alta dos CVCs é o potencial de retorno. Segundo a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), o mercado brasileiro de startups tem um tempo médio de retorno próximo de sete anos e um retorno em torno de cinco vezes superior ao valor investido, com Taxa Interna de Retorno (TIR) de 26,7%. Os números corroboram a tepria de diversificação de portfólio de Harry Markowitz, vencedor do Prêmio Nobel em 1990.

“Startups têm um papel estratégico em um portfólio diversificado.  São empreendimentos que podem oferecer resultados significativos, mas também abrem portas para resultados que vão além do dinheiro. É um caminho para quem busca aportar recursos em ideias com potencial de impacto social ou para quem deseja aumentar sua rede de conexões, por exemplo”, sinaliza Carlos Junior.

  • Tags: Negócios
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