Muitas coisas mudaram ao longo dos últimos dois anos e uma das principais foi o comportamento do consumidor: se antes algumas pessoas eram desconfiadas ao comprar pela internet por inúmeras razões, a pandemia incentivou muitas pessoas a se adaptarem. De forma surpreendente, pessoas com mais de 50 anos foram os recordistas em compras no ano passado, de acordo com um levantamento da Nielsen.
De uma forma geral, o público brasileiro reagiu muito bem a essa nova tendência de consumo. Segundo a Neotrust, empresa responsável pelo monitoramento do e-commerce brasileiro, só em 2021, ano em que várias medidas de isolamento foram abrandadas por conta da vacinação, o e-commerce brasileiro registrou um faturamento de mais de R$ 160 bilhões e um crescimento de quase 30% em relação ao ano anterior.
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Quem conseguiu “surfar na onda” foi quem viu a oportunidade e correu atrás dela, seja criando um e-commerce ou modernizando o já existente – o que inclui melhorar o sistema para assegurar que o site não sofreria com a alta demanda por parte dos usuários, assim como garantir a segurança dos dados.
Uma vez que mais pessoas passam a usar estes sites, mais informações pessoais eles vão acumulando. De acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados, é responsabilidade da empresa garantir a segurança dos dados de clientes e impedir ataques hackers.
Garantir que todos os processos, em especial os relativos à proteção de dados pessoais, sejam cumpridos é papel do compliance para o e-commerce. A aceleração dos negócios no meio digital impõe um planejamento de compliance para evitar uma série de problemas, e o vazamento de dados é um dos mais comuns. É preciso, então, que este mercado em curva ascendente de crescimento invista em tecnologias que protejam empresas de ataques de hackers ou até mesmo a exposição acidental de informações de clientes. Mas não é a única medida que vai garantir prosperidade do negócio. O compliance entra como um agente estratégico para treinar equipes e transformar o negócio com processos bem estabelecidos a fim de garantir a segurança de consumidores, colaboradores, instituições financeiras e, é claro, blindar o empreendedor de problemas maiores.