Meu home office, minha vida

8 de outubro de 2020 às 0h11

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Crédito: Pixabay

Fernanda Andrade*

De início é preciso deixar claro algo muito importante. Trabalhar em casa não é um fato tão novo assim. Muitas profissões vêm migrando a forma de trabalho para o home office há algum tempo, na tentativa de ganhar qualidade de vida ou mesmo economizar horas preciosas  no vai e vem para os escritórios.  Em 2020, porém, o trabalho remoto se tornou urgente e absolutamente necessário em alguns casos. O ano ficará marcado como aquele em que um novo jeito de fazer as coisas se tornou a tônica de nove entre dez empresas e, por consequência, de quem trabalha para as empresas ou por conta própria. Atualmente é imenso o contingente de profissionais que passaram a exercer suas atividades remotamente, uma prática que tem tudo para perdurar também depois da pandemia.

Então,  aquele canto improvisado, o computador no colo, o travesseiro  para se recostar na cama, já deram o que tinham que dar e é hora de pensar seriamente neste espaço dentro de casa. Tem gente que já percebeu que não trouxe a empresa para casa, mas a casa se tornou a empresa. É preciso saber distinguir uma coisa da outra e a arquitetura pode dar uma mãozinha. Uma providencial  mãozinha.

Home office não se tornou apenas um modo de ganhar a vida, mas um modo de vida. Por isso não é mais possível  continuar sobrevivendo à pandemia com dores por todo o corpo e com enorme estresse por ter de trabalhar em ambiente tumultuado e desconfortável. Que seja uma  parede, um canto perto da janela,  um espaço no quarto, na sala ou até no corredor, não importa. Bom mesmo é saber  que estes lugares podem se tornar úteis e minimamente eficientes para o trabalho em casa. Mesmo com pouco dinheiro – mas com uma dose extra de criatividade – é possível ter uma estação de trabalho ideal e produtiva.

Aliás, será que as companhias estão pensando em como seus empregados estão trabalhando em casa? Estariam em um lugar com o mínimo de conforto como costumam ter nos escritórios?  Este novo espaço em casa, muito provavelmente não previsto anteriormente na casa ou no apartamento, não poderia ter algo que identificasse o padrão da empresa?  É preciso considerar o home office  como um pequeno mundo da pessoa, com um pouco de cada  coisa que ela gosta e que a inspire para trabalhar melhor. O ambiente não pode ser tão solto,  para que não haja distrações desnecessárias, e nem tão duro. Deve haver equilíbrio e harmonia.

Pequenos itens e retoques podem fazer uma diferença gigantesca na montagem de um espaço de home office.  O ponto de trabalho deve ser pensado de forma que não haja interferência no ritmo da casa e nem que o movimento dela prejudique a concentração de quem está na labuta. Havendo espaço suficiente, pode-se pensar até em cantos específicos ou compartilhados para as necessidades de outros membros da família. É importante considerar os itens relacionados com a produtividade. Esta só nasce quando há conforto. É preciso pensar bem para não permitir o barato sair caro.

*Arquiteta de interiores. [fernanda.andrade.arq@gmail.com]

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