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O caso Backer

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googlenews
  • Por Diário do Comércio
  • Em 22 de janeiro de 2020 às 00:01
Crédito: Pixhere

Carlos Perktold *

Grandes empresas e até igrejas começaram pequenas, cresceram pelo empreendedorismo e pelo talento dos seus fundadores e, se tinham concorrentes, começaram a ameaçá-los pelo crescimento dos fiéis e da produção. Exemplos disso há aos montes. Quem diria que, em 1972, o pastor Edir Macedo fundaria uma igreja e que ela seria um sucesso em pouco tempo em 220 países? Pois ela está aí, cheia de crentes contribuindo financeiramente para o seu engrandecimento. Hoje, o pastor pode se dar ao luxo de ser caridoso.

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Mas há casos que não basta encher o público de esperança de uma vida futura melhor. É preciso garra, determinação, fazer investimentos, ter know-how, montar uma fábrica, produzir mercadorias, algo concreto que tenha um custo e um preço de venda e esperar por elas e pelo retorno do investimento. É o caso de vários empreendimentos, mas interessa aqui e agora o caso da cervejaria Backer.

A Backer nasceu pequena, fabricando e vendendo chope no ano 2000 em uma casa de shows chamada Três Lobos (quem se lembra?). Percebendo o potencial do negócio, a família cervejeira montou a fábrica em 2005 e fez crescer a empresa que, de produção artesanal, está passando para industrial. Três Lobos virou rótulo de uma de suas cervejas.

A produção cresceu tanto que apresentava pequena ameaça a concorrentes, que não querem ver ninguém crescer e se tornar um grande problema no futuro. Talvez por isso a família tenha recebido proposta de venda da empresa, que foi recusada.  Fábrica e produção continuaram crescendo.

De repente, uma péssima notícia e uma propaganda negativa pega a empresa de surpresa: várias pessoas passaram mal ao beber a cerveja da marca Belorizontina e já há registro de mortes por suspeita de intoxicação de dietilenoglicol, nome familiar para químicos e de difícil pronuncia para leigos. A empresa nega e comprova não ter jamais comprado esse produto e jamais tê-lo usado em sua produção. Ela sempre preferiu o monoetilenoglicol, diferença que os químicos sabem ser fundamental. Se o fato está comprovado, houve sabotagem na fábrica e o caso é para ser investigado pela polícia.

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Quando houve dois acidentes seguidos com o avião 737 toda sua frota ficou estacionada no solo. A fábrica não foi fechada. O caso de Brumadinho matou mais de 250 pessoas e a mineradora, felizmente, continua em operação. Vários air bags causaram acidentes em automóveis pelo mundo afora com mortes e houve apenas recall deles. Nenhuma montadora foi fechada por isso e outros tipos de recalls. Por que apenas a fábrica mineira foi fechada? Além dela fecharam também a Imperquímica, fabricante e fornecedora dos produtos químicos da Backer. Em época de desemprego, esta tem 600 empregados, o que significa, por baixo, pelo menos 3.000 familiares diretamente dependentes dela.  Por que não fazer o mesmo procedimento em casos semelhantes: o recall de todas as marcas da cervejaria em bares e restaurantes e fiscalizar a nova produção, até que se apure o fato policialesco? Por que fechar uma fábrica que rende impostos, dá emprego e foi constituída por gente empreendedora?  Por que não lhes dar uma oportunidade de recolher tudo à venda e recomeçar a produção com vigilância dobrada?

A Backer vive um drama horroroso e grande parte dos mineiros espera e acredita que ela sairá dele engrandecida. Este articulista fez uma pesquisa com vários amigos bebedores de cervejas e, sem exceção, todos acharam que houve sabotagem na empresa. A opinião deles não basta, é claro, para abrir um inquérito policial, mas indica que há algo de precipitado na atitude governamental de fechar a empresa. A polícia deveria estar envolvida em investigação para apurar se houve ou não sabotagem e as autoridades não atribuir algo de errado apenas na cerveja. E aguardar o resultado das apurações. Ninguém fabrica cerveja para matar as pessoas. Mas sabotadores fazem de tudo para ganhar dinheiro e, a mando de interessados, destruírem os concorrentes.

Advogados da empresa entraram com petição judicial explicando que apenas a marca Belorizontina teve a contaminação comprovada e pediram a reabertura da fábrica para manufaturar as outras marcas que jamais apresentaram qualquer dificuldade.  Como todo juiz tem bom senso e é desinteressado comercialmente nos negócios, a Backer foi autorizada a continuar produzindo e estocando sua produção até que seja apurado todo o imbróglio.

*Psicanalista, advogado e escritor

Quem fez história - AngloGold Ashanti: Quase 200 anos atuando com mineração e metalurgia

  • Tags: Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva), backer, BELOHORIZONTINA, cerveja artesanal, Krug Bier, Marco Falcone, mercado cervejeiro, Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (SindBebidas-MG)
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