Fiemg realiza debate entre candidatos à prefeitura de Belo Horizonte

7 de novembro de 2020 às 0h19

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Crédito: SEBASTIÃO JACINTO JR/FIEMG

Com o tema “Desenvolvimento econômico com foco em geração de emprego e renda”, o primeiro debate com os candidatos às eleições 2020 para a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) realizado pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) contou com a participação de dez dos 15 postulantes ao cargo de chefe do Executivo municipal. O atual prefeito e candidato à reeleição, Alexandre Kalil (PSD), mais uma vez não compareceu e não apresentou justificativa.

Áurea Carolina, do Psol; Bruno Engler, do PRTB; Cabo Xavier, do PMB; Lafayette Andrada, do Republicanos; Luísa Barreto, do PSDB; Marcelo Souza e Silva, do Patriota; Professor Wendel Mesquita, do Solidariedade; Rodrigo Paiva, do Novo; Wadson Ribeiro, do PCdoB; e Wanderson Rocha, do PSTU apresentaram suas propostas no campo econômico e responderam a perguntas formuladas por representantes de entidades de classe empresariais e jornalistas e pelos próprios concorrentes.

Perguntas – O debate teve início com uma pergunta sorteada ao candidato Wanderson Rocha sobre a conduta de Kalil e do presidente Jair Bolsonaro no enfrentamento à pandemia de Covid-19. Rocha respondeu que a vida está em primeiro lugar e que não dá para colocar o lucro acima de tudo. Mas que, como há três esferas de governo no País, cada um criou seu modelo.

“Em Belo Horizonte não houve uma quarentena, de fato. A construção civil e as indústrias funcionaram. Acreditamos que um fechamento completo por 30 dias, com garantia de emprego e renda e testagem em massa teria sido o mais adequado”, argumentou.

Rodrigo Paiva foi questionado sobre como pretende incentivar o cenário cultural da Capital, fazendo-o gerador de negócios. Ele respondeu que a cultura da cidade precisa ser conectada com o mundo.

“A cultura é muito relevante para Belo Horizonte, com grandes nomes na música, na dança, nas artes plásticas e no teatro. Mas há uma concentração de incentivos no Centro e precisamos fazer com que estas iniciativas cheguem a outros bairros e se conectem com o mundo, de forma a gerar renda e os projetos culturais tenham recursos suficientes para que sejam autossustentáveis”, afirmou.

Logo em seguida, Wadson Ribeiro falou sobre a redução da vulnerabilidade social dos estudantes da capital mineira que tiveram dificuldades com as aulas remotas durante a pandemia. Para o candidato, a situação evidenciou o abismo que há na educação em todo o País, já que enquanto estudantes de escolas particulares puderam contar com recursos tecnológicos, as escolas da PBH, por exemplo, seguem suspensas desde março.

Ao professor Wendel Mesquita foi sorteada uma pergunta sobre celeridade de processos de emissão de alvarás e regularização de imóveis na Capital. Ele citou a dificuldade dos empresários. “É obrigação da Prefeitura oferecer um serviço de plena qualidade, porque todo mundo paga imposto e empresário gera renda. Para solucionar isso, vamos descentralizar o atendimento, criar um aplicativo e um projeto ‘BH Construção’ para dar celeridade ao setor”, garantiu.

Já Bruno Engler foi perguntado sobre como pretende auxiliar as famílias mais pobres de Belo Horizonte para garantir a dignidade das pessoas e manter o estímulo ao consumo. Na resposta, Engler disse que é preciso estimular a geração de emprego na cidade e defendeu a volta do comércio “em horário integral”.

Quais as propostas para a revitalização do Centro da cidade e como avalia a proposta de criar no hipercentro um polo tecnológico foi a questão direcionada a Cabo Xavier, que falou em diálogo com as entidades privadas para cuidar da região.

Lafayette Andrada respondeu sobre créditos que empresários têm a receber da PBH e voltou a afirmar que o grande desafio da nova gestão estará justamente na recuperação econômica da cidade.

O fechamento de empresas dos setores de comércio e serviços que foram fortemente afetadas pela pandemia e proposta para a retomada segura das mesmas foi o tema da pergunta para Áurea Carolina. Ela respondeu que Belo Horizonte precisa potencializar sua vocação múltipla nestes setores com agregação de valor e desenvolvimento tecnológico. “Precisamos apoiar os pequenos, pois cerca de 95% dos empregos gerados em Belo Horizonte são de micro e pequenas empresas”, justificou.

A Luísa Barreto foi feita uma pergunta sobre educação. A candidata afirmou que a educação de Belo Horizonte vai muito mal e prometeu acompanhar a situação de perto, estabelecendo metas para as escolas. “Vou também trazer a modernização para o ensino, permitindo que os alunos aprendam melhor, tenham melhor relação com a escola e, ainda diminua a evasão escolar”, disse.

Por fim, Marcelo Souza e Silva falou sobre a proposta de criação de um Conselho de Desenvolvimento Econômico para a capital mineira. “Meu programa de governo prevê a criação de uma agência de desenvolvimento e fomento para que possamos entender o ambiente de negócios da cidade e buscar o desenvolvimento econômico, focado na geração de emprego e renda das famílias”, citou.

Próximo encontro – Na próxima quinta-feira (12), a Fiemg realiza outro debate. Na oportunidade, os candidatos irão debater sobre o tema “Infraestrutura”, focando em “mobilidade”, “segurança” e “tecnologia”. A íntegra do debate está disponível no link: https://youtu.be/PD7MqbRnM8I

 

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