Governo considera o Mercosul como aliado em reformas

17 de dezembro de 2020 às 0h08

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Crédito: Reprodução

Brasília – O presidente Jair Bolsonaro disse ontem que o governo vê no Mercosul “um aliado na promoção da agenda de reformas estruturais” que estão sendo levadas adiante no Brasil. Segundo ele, as diferenças entre os países integrantes do bloco não devem resultar em impasses que coloquem em risco a agenda comum de seus integrantes.

A declaração foi feita durante o discurso do presidente na 57ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados. “Ressalto que as diferenças entre nossos governos, na condução da agenda econômica e comercial, não devem levar a impasses que poderiam colocar em risco o andamento de nossa agenda comum”, disse o presidente ao defender que o bloco dê seguimento às ações focadas em pontos de convergência.

De acordo com Bolsonaro, a busca pelo consenso no Mercosul “não significou inércia ou estagnação”. “Atuamos com flexibilidade e pragmatismo para que nossos pontos de convergência prevalecessem sobre nossas diferenças. Isso é o que continuaremos a fazer em 2021”.

“Ao continuar fiel a seus propósitos originais de abertura econômica e inserção positiva no cenário internacional, o Mercosul fortalece os esforços que estamos fazendo para aprimorar o estado brasileiro. Nesse mundo em constante mudança, a capacidade de adaptação de nosso bloco é fundamental para mantermos nossa relevância”, acrescentou.

Para o presidente brasileiro, além de promover a integração regional, o Mercosul é “instrumento crucial” para que seus integrantes alcancem o crescimento econômico sustentado, aprofundando a inserção internacional de suas economias e melhorando a qualidade de vida de seus povos.

Pandemia – Bolsonaro elogiou os esforços de integrantes do bloco no combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). “Este foi um ano totalmente atípico. Tivemos crise sanitária sem precedentes em escala global, e precisamos socorrer nossas populações”, disse Bolsonaro ao defender que, em 2020, o sucesso do Mercosul seja medido “pela resiliência e perseverança do bloco de nossos governos em salvar vidas e proteger nossas economias”, e não apenas pela quantidade de normas e acordos concluídos.

Acordos – Bolsonaro elogiou a conclusão do acordo do comércio eletrônico do Mercosul. Segundo ele, “essa é mais uma demonstração de que o bloco pode funcionar com agilidade para atender os interesses de nossas sociedades”.

“No âmbito comercial, não posso deixar de manifestar preocupação com o ressurgimento de entraves pontuais entre os estados partes. Devemos deixar de lado essas discordâncias que pertencem a um passado já superado. Precisamos trabalhar juntos para não sermos ultrapassados por outros mecanismos que almejam objetivos similares aos nossos”, disse.

O presidente se disse convicto de que os projetos de integração são ancorados não apenas em premissas econômicas, mas em “princípios e valores democráticos dos quais não podemos abrir mão”.

“A democracia está na essência do Mercosul. Precisamos reforçar ainda mais a natureza democrática do Mercosul e atuar de forma proativa em favor da liberdade em nossa região. Estou confiante de que podemos tornar o bloco novamente um ator relevante nessa temática”, afirmou. (Reuters)

Avaliação positiva de Bolsonaro recua para 35%

São Paulo – A avaliação positiva do governo do presidente Jair Bolsonaro –aqueles que o veem como ótimo ou bom– caiu para 35% em dezembro, contra 40% em setembro, mostrou pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada ontem.

De acordo com a pesquisa, o percentual dos que avaliam o governo como ruim ou péssimo somou 33%, ante 29% na sondagem anterior, ao passo que aqueles que veem o governo como regular somam agora 30%, ante 29% em setembro.

O levantamento também mostrou que 46% dos entrevistados aprovam a maneira de Bolsonaro governar – eram 50% em setembro– e 49% a desaprovam –contra 45% na pesquisa anterior. Agora, portanto, o percentual dos que desaprovam a forma do presidente governar supera o dos que aprovam.

A sondagem mostrou ainda a manutenção do cenário registrado em setembro, em que a maioria dos entrevistados não confia no presidente. Agora são 53% os que não confiam em Bolsonaro – eram 51% em setembro, contra 44% que confiam – eram 46% na pesquisa anterior.

O Ibope ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios entre os dias 5 e 8 de dezembro. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais. (Reuters)

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