Programa busca a recuperação do turismo em Brumadinho

11 de agosto de 2020 às 0h18

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Desde rompimento de barragem, turismo na região foi bastante afetado | Crédito: Divulgação

Considerado um dos destinos indutores de Minas Gerais, inclusive com apelo internacional, Brumadinho – que abriga o Instituto Cultural Inhotim -, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), tem sofrido enormemente com a paralisação da atividade turística.

Um ano e dois meses após o rompimento da barragem Córrego do Feijão – que afastou os turistas preocupados com a segurança e o acesso à cidade -, logo quando os visitantes começavam a voltar, veio a pandemia e, novamente, pousadas e restaurantes foram os primeiros a sentir a falta dos turistas.

Diante dessa realidade, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais, (Sebrae Minas) lançou, ontem, o Programa de Retomada do Turismo em Brumadinho. De acordo com a analista do Sebrae Minas Fernanda do Carmo, o programa tem como objetivo apresentar um conjunto de soluções de curto prazo, destinado aos empresários de micro e pequenos empreendimentos da cadeia do turismo de Brumadinho.

Serão oferecidas consultorias on-line, acompanhamento individualizado e sistematizado, além de soluções customizadas conforme a necessidade e maturidade de gestão identificada em cada grupo.

“O Sebrae já tinha um projeto aprovado para Brumadinho. Trabalhávamos muito com a região de Piedade do Paraopeba. Para apoiar o processo de retomada no pós-pandemia estamos promovendo um apoio para todas as empresas que queiram participar nas três regiões da cidade: Casa Branca, Piedade do Paraopeba e a sede do município. O objetivo é trabalhar a gestão financeira dentro do novo modelo de biossegurança e a inserção competitiva, principalmente por meio do marketing digital, para que o turista saiba que a pousada e destino são seguros, especialmente para quem está mais próximo. Vamos trabalhar o destino não só de Brumadinho, mas toda a encosta da Serra da Moeda como uma região turística”, explica Fernanda do Carmo.

Projeto tem como objetivo apresentar conjunto de soluções de curto prazo para empresários da cadeia de turismo da cidade | Crédito: Divulgação

Plataforma – Para participar do programa, as empresas interessadas devem acessar o site para preencher o formulário de diagnóstico. A partir dessas respostas serão definidas as ações prioritárias e a empresa já fará parte do grupo de discussão.

Os turistas e quem quiser saber mais sobre o destino e tudo que está sendo feito para recuperar o turismo da cidade pode acessar, além desse, também o endereço encostadaserradamoeda.com.br.

“O nosso objetivo é não deixar os empreendedores desaminarem e conseguir atrair o turista pela segurança oferecida pelo destino. Sabemos que as pessoas vão procurar destinos mais próximos e Brumadinho oferece atrações para diferentes perfis. A intenção do projeto é ajudar a diversificação econômica da cidade. Precisamos entender as vocações do território – como, por exemplo, a ruralidade e o artesanato -, para que os setores e segmentos consigam alavancar uns aos outros”, afirma a analista do Sebrae Minas.

Carmo do Rio Claro ganha associação empresarial

Crédito: Divulgação

Às margens do Lago de Furnas, no Sul de Minas, a pequena Carmo do Rio Claro – com pouco mais de 21 mil habitantes, segundo projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2019 -, dona dos encantos naturais da região rica em água, montanhas, gastronomia, cultura, religiosidade e história -, se prepara para fortalecer o setor do turismo.

Impactados pela crise econômica desencadeada pelo Covid-19, os empresários do setor se juntaram para formar a Associação de Turismo de Carmo do Rio Claro. Sem fins lucrativos, a entidade pretende atuar em parceria com o poder público municipal e a Associação Circuito Turístico Nascente das Gerais e Canastra, do qual a cidade faz parte.

De acordo com a diretora da Associação de Turismo de Carmo do Rio Claro, Marly Lemos, apesar do grande potencial a cidade pouco explora o turismo e a fundação de uma associação era uma ideia antiga que tomou força a partir da pandemia.

“Estávamos muito desgarrados uns dos outros, cada um trabalhando por si. O Covid-19 mostrou que precisávamos estar juntos. A cidade é pequena, sem aglomerações, então podemos oferecer uma condição de segurança para os turistas, mas temos que comunicar isso. Tivemos poucos casos, a situação está controlada e agora esperamos o decreto da Prefeitura para aumentar a nossa capacidade de atendimento para 40% do total”, explica Marly Lemos.

Com sede no Portal da Cidade, os próximos passos são criar uma identidade de destino, criação de um slogan e mascote que represente a cidade. Para a escolha da mascote será feito um concurso com a participação da população.

O objetivo de longo prazo é elevar a taxa de ocupação dos meios de hospedagem, injetar capital na economia e, consequentemente, aumentar a arrecadação de ISS para o município.

“Já estávamos com uma ocupação média baixa antes da pandemia. Muitas pessoas ainda não enxergam o potencial econômico do turismo na cidade, ficando ligadas apenas nas atividades tradicionais, especialmente o agronegócio do café e do leite, que são as bases da nossa economia. Queremos mostrar que uma coisa não exclui a outra. O chamado turismo de experiência é justamente isso, as pessoas querem saber a história do lugar, como as coisas são produzidas, podemos oferecer tudo isso aqui”, avalia a diretora da Associação.

Crédito: Divulgação

Atrações – Os passeios náuticos são os atrativos mais procurados na região. Com 221 quilômetros quadrados de espelho d’água, Carmo do Rio Claro tem a maior superfície navegável entre as cidades que estão ao redor da represa.

Essa riqueza também tem reflexos sobre a gastronomia da cidade, que além de produtos e pratos típicos da culinária mineira, apresenta iguarias feitas com peixes frescos, servidos em forma de filé ou inteira, como a tilápia assada, a traíra desossada, o tucunaré e o filezinho de Lambari. Outros destaques gastronômicos são os pratos de origem árabe e os doces de frutas esculpidos.

Para os mais aventureiros, a Serra da Tormenta oferece rampas naturais para os praticantes de voo livre, como asa-delta e paraglider e sedia etapas de campeonatos brasileiros e internacionais destes esportes.

“Temos atrativos para dos mais aventureiros até os que querem apenas descansar e ver um belo por do sol. Somos a cidade do tear manual e também de uma religiosidade muito expressiva. A viagem de Belo Horizonte demora em torno de quatro horas e meia e a pessoa pode vir de carro com conforto pela Fernão Dias, garantindo a biossegurança da sua família”, completa a empresária.

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