Livraria Leitura amplia a rede e deixa as “gigantes” para trás

27 de outubro de 2018 às 0h08

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A empresa vai encerrar o ano com 70 pontos de vendas em 19 estados - Foto: Gabi Soutto

Enquanto gigantes do setor de livrarias do Brasil, como a Saraiva e a Cultura, veem-se em dificuldades financeiras, em busca de reestruturação de capital e até pedido de recuperação judicial, a mineira Leitura, com sede em Belo Horizonte, segue investindo em novas lojas e gerando lucros. A receita para o sucesso, segundo o presidente da empresa, Marcus Teles, está no baixo índice de endividamento.

“De fato, os últimos anos não foram nada fáceis para as livrarias, que já vinham brigando com o comércio eletrônico desde 1996. Essas empresas viram seus negócios sucumbirem durante o período de recessão econômica e começaram a ter dificuldades de honrar os compromissos financeiros gerados a partir da tomada de crédito para investir”, avaliou.

Conforme ele, a Leitura também enfrentou tempos difíceis, com crescimento abaixo da inflação registrada nos exercícios de 2015 e 2016. No entanto, a estratégia de não se endividar livrou-a de consequências duras como as que vivem suas concorrentes. “Por estratégia, resolvemos crescer essencialmente com capital próprio. Realizamos alguns empréstimos, mas sem comprometer a saúde do nosso caixa”, revelou.

Assim, em 2017, a empresa já voltou a apresentar crescimento acima da inflação e espera, neste exercício, um desempenho ainda melhor. A expectativa, de acordo com Teles, é de uma alta nas vendas de 8% sobre o ano passado. Já o lucro de 2018 deverá avançar na casa dos dois dígitos em relação ao anterior.

Além da estratégia de baixo nível de endividamento, conforme o presidente da livraria, está a decisão de encerrar as atividades nas lojas deficitárias da rede e a manutenção de uma empresa enxuta. Em média, dois pontos de vendas são fechados a cada ano. “A soma desses fatores nos permitiu crescer mesmo em anos de crise”, completou.

Investimentos – Até o final de 2018, a Leitura inaugurará sete unidades, em Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro, e também vai implementar o serviço de e-commerce.
Assim, a empresa vai encerrar o ano com 70 pontos de vendas em 19 estados brasileiros. Já o número de postos de trabalho diretos deverá chegar a 2 mil no fechamento deste exercício, sem contar os outros 500 empregos temporários que a empresa gera a cada ano, entre dezembro e fevereiro.

E os planos não param por aí. Conforme o empresário, já existem negociações para 2019. Segundo ele, a média de abertura de lojas deverá seguir a do atual exercício e de anos anteriores: sete. A diferença é que a empresa deverá entrar em mercados onde ainda não atua, como Espírito Santo e Acre.

“O ano que verá será marcado por muitas mudanças em nosso País. Por isso, já fizemos um plano estratégico bem cauteloso, em vista de um mercado ainda em recuperação e que vai nos permitir manter o ritmo de crescimento”, concluiu.

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