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Piñera diz ouvir exigências de chilenos, mas protestos recomeçam

Piñera diz ouvir exigências de chilenos, mas protestos recomeçam
Crédito: REUTERS/Rodrigo Garrido

Santiago – Enquanto o presidente do Chile, Sebastián Piñera, junto a parlamentares se preparavam para apresentar reformas com foco no enfrentamento da desigualdade social nesta quinta-feira (24), manifestantes voltaram às ruas para pedir ações rápidas que melhorem a qualidade de vida.

O líder de centro-direita disse que enviaria um projeto de lei ao Congresso nesta quinta para reverter um aumento nas tarifas de energia elétrica, uma de várias medidas que ele espera que transformem as manifestações violentas em uma “oportunidade” para o Chile.

Piñera afirmou que a medida será seguida, na sexta-feira (25), por um projeto de lei para aumentar em 20% o valor mínimo das aposentadorias e propôs ainda um novo salário mínimo garantido e reduções nos custos do transporte público.

O presidente chileno não é único líder da América do Sul lidando com exigências de manifestantes. No Equador, o presidente Lenín Moreno foi obrigado a revogar a eliminação dos subsídios aos combustíveis neste mês devido a distúrbios, o boliviano Evo Morales enfrenta protestos contra sua reeleição e o argentino Mauricio Macri sofre os efeitos negativos de um colapso econômico.

No Chile, a revolta contra a desigualdade e o custo de vida levou milhares de pessoas às ruas para exigirem uma reestruturação em uma das nações mais tradicionalmente estáveis e ricas da região.

Em pouco mais de cinco dias de tumultos, que pareciam estar arrefecendo na noite de quarta-feira, mais de 6 mil pessoas foram detidas e ao menos 16 foram mortas.

Em pronunciamento televisionado à nação na manhã desta quinta-feira, Piñera disse que ouviu as exigências dos chilenos ‘em alto e bom som’ e garantiu que vai continuar a enviar projetos ao Congresso.

Ivan Flores, presidente da Câmara dos Deputados de maioria opositora, disse que os parlamentares descartarão um recesso planejado anteriormente para acelerar as reformas.

Ainda enquanto Piñera discursava, muitos manifestantes já haviam começado a se reunir novamente nas praças centrais e em ruas do centro de Santiago, batendo panelas e pedindo mais reformas, mesmo sob o calor intenso da primavera.

(Reuters)

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