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Farma Ventures gera ganhos para rede de Teófilo Otoni

Dez startups fazem parte da 1ª corporate venture builder Farma Ventures
Farma Ventures gera ganhos para rede de Teófilo Otoni
Nascemos para trazer transformação digital, diz Oliveira | Crédito: Divulgação

Apontado como um dos poucos a crescer durante a pandemia, o varejo farmacêutico brasileiro também enfrentou uma longa jornada marcada pela insegurança e a necessidade de investimento urgente na transformação digital. Criada às vésperas do início da pandemia, a Farma Ventures, primeira corporate venture builder dedicada ao varejo farmacêutico e integrante do ecossistema da mineira FCJ, começou a operar por iniciativa das redes de farmácias, Indiana, sediada em Teófilo Otoni, na Vale do Mucuri, e a Drogal, do interior de São Paulo, com mentoria da butique de investimentos Top Capital

Atualmente, as 10 startups que fazem parte do grupo já acumulam R$ 65 milhões em valor de mercado e captaram R$ 5 milhões em investimentos externos, com menos de três anos de existência. Entre elas estão a Proffer, que fornece programas de inteligência artificial para gerenciamento automatizado de preços; a SleepUp, primeiro hub de terapia digital do sono aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); e a XLZ, fintech especializada em antecipação de recebíveis.

De acordo com o CEO da Farma Ventures, Giovanni Oliveira, a organização seleciona startups que apresentam sinergia com o varejo farmacêutico. Em sua tese de investimento, busca soluções relacionadas a Serviços de Hub de Saúde, Experiência do Cliente, Logística e Estoque, Data Analytics e Gestão de Profissionais.

“Nascemos para trazer transformação digital, buscando soluções que tragam inovação. A pandemia potencializou a transformação digital. Diversas plataformas e softwares ganharam muita força nesse período. Conseguimos acelerar o entendimento do que seria preciso”, explica Oliveira.

Aberta para a captação, a companhia procura startups com soluções que atendam às principais dores de cabeça dos gestores de farmácias, em estágio de maturidade a partir da operação, com, pelo menos, um cliente atendido, e que tenha ao menos dois sócios.

A inscrição é aberta permanentemente e depois de verificadas as condições mínimas para o aceite, é iniciado o processo de seleção que dura, em média, menos de dois meses.

“Muitos desses problemas são comuns ao varejo como um todo, mas aqui desenvolvemos um olhar acurado para o farmacêutico. A logística e o Data Analytics, por exemplo, são pontos críticos para todo o varejo. Já no quesito hub de saúde existe uma especificidade. As farmácias e drogarias estão partindo para ser um hub de atenção primária à saúde. Trabalhamos para que as soluções tragam consigo dados que ajudem o gestor na tomada de decisão”, pontua.

Desigual, diverso e complexo, o varejo farmacêutico nacional é visto como um grande campo de oportunidades pela venture, que trabalha também na relação do varejo com a indústria e com a distribuição.

“Temos um mercado com algumas grandes empresas muito maduras, mas no geral é um mercado pulverizado e que ainda vai passar pela transformação digital. Mesmo entre as grandes, muitas ainda são familiares e resistem aos investidores externos. Esse não é um defeito, mas uma característica do setor no Brasil. Mas o certo é que todos precisam estar atentos às ferramentas tecnológicas e as startups têm aí uma grande oportunidade”, completa o CEO da Farma Ventures.

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