Agtechs promovem revolução no setor

12 de junho de 2019 às 0h05

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A agropecuária desempenha um importante papel na economia brasileira, pois representa 8% do PIB e gera emprego para cerca de 10% da população economicamente ativa do País - Crédito: JIRAROJ PRADITCHAROENKUL

O agronegócio, um dos setores mais importantes da economia brasileira, utiliza há décadas a tecnologia para aumentar a produtividade. Mas, recentemente, uma verdadeira revolução tem mudado a cara do segmento. Trata-se do surgimento de startups dedicadas a inovar e apresentar soluções disruptivas para questões ligadas à indústria agrícola. As iniciativas, conhecidas como agtechs, agrotechs ou agritechs resolvem problemas, reduzem custos e otimizam esforços. O relatório de inteligência elaborado pelo SIS/Sebrae mostra suas aplicações e apresenta um estudo inédito sobre as agtechs no Brasil.

A agropecuária desempenha um importante papel na economia brasileira, pois representa 8% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e gera emprego para cerca de 10% da população economicamente ativa do País. O setor também tem se destacado nos últimos anos por apresentar relevante crescimento de faturamento e de confiança.

As agtechs prometem aquecer ainda mais o setor. Essas startups consistem em desenvolver tecnologias individuais (ou em uma combinação de tecnologias) que envolvem equipamentos agrícolas, otimização de sementes e fertilizantes, além de inputs de colheita, irrigação e sensores remotos (incluindo drones).

Estudo mapeia as agtechs – A Associação Brasileira de Startups (ABStartups) desenvolveu, em 2018, o estudo Mapeamento Agtechs – Investigação sobre o uso das tecnologias para o Agronegócio no Brasil. O objetivo do trabalho foi a criação de um banco de dados com a identificação e localização dos fornecedores e das soluções oferecidas.

De acordo com o levantamento, foram encontradas 182 agtechs ativas no País. Os cinco estados com maior representatividade são São Paulo (31%), Minas Gerais (16%), Paraná (10%), Santa Catarina (10%) e Rio Grande do Sul (9%). Três dos cinco estados com maior representatividade são os que compõem a região Sul. No total, 70% do território nacional têm startups que trabalham com agronegócio.

Aplicativos e cases – As agtechs têm potencial para revolucionar a produção agrícola. Um dos principais motivos é a variada gama de aplicabilidade das soluções propostas. Já estão disponíveis ferramentas para otimizar diversos aspectos da agricultura, tornando-a mais produtiva, precisa e inteligente. Confira no box ao lado alguns exemplos de aplicação e cases de sucesso.

Irrigação

Já é possível economizar até 60% da água utilizada para a irrigação das lavouras. Esse resultado é obtido por meio de sensores espalhados pela plantação. Com o equipamento, o sistema mede indicadores como umidade e temperatura do solo, direção do vento e radiação solar. “Rodamos algoritmos para saber a quantidade exata que o produtor deve usar”, explica o sócio da startup Agrosmart, Raphael Pizzi. Segundo ele, os produtores podem, ainda, controlar o sistema de irrigação pelo smartphone. Pelas soluções, a empresa já foi premiada pela Nasa, acelerada pelo Google e recentemente inaugurou filial nos EUA.

Produtividade

Muitas agtechs dedicam seu tempo para aumentar a competitividade dos produtores com o uso da tecnologia. A Dioxd, por exemplo, faz o melhoramento de grãos a partir do gás carbônico. “Para dar um exemplo, vamos falar do milho. A quantidade a ser plantada, a quantidade de espigas no pé e até de grãos será a mesma de sempre, porém o peso do grão será maior”, conta o responsável pela startup, João Américo Barbosa.

Comercialização

A tecnologia também é aliada na busca de alternativas de comercialização. Existem plataformas digitais, como a CBC Agronegócios, que conectam compradores e vendedores para que negociem de forma online. A plataforma tem uma ampla gama de produtos.

Leite

Cinco vezes mais produtividade do que a média nacional. Esse é o resultado que as fazendas participantes do programa de aceleração Balde Cheio obtiveram. A iniciativa capacita técnicos da extensão rural em produção intensiva de leite, boas práticas de manejo e gestão financeira, transformando a propriedade em uma “sala de aula prática”.

Plantio

O olho e a experiência dos agricultores deixaram de ser as principais ferramentas no momento de escolher as sementes. Softwares, sensores no solo e imagens de satélite são os novos aliados. Essa sofisticada rede de informações relacionadas à sementeira é controlada e monitora em tempo real pelo iPad / tablets em geral. (Da Redação)

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