Atomic Agro quer alavancar negócios B2C

15 de fevereiro de 2020 às 0h12

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CEO da Atomic Agro, Bruno Matozo percebeu necessidade de produtores por mais serviços para o campo - Crédito: Divulgação

Vencido o primeiro ciclo de investimento, a Atomic Agro – startup sediada em Uberlândia, no Triângulo Mineiro – entra em uma nova rodada de aportes para alavancar a vertical de negócios B2C da plataforma.

No fim de 2018, os R$ 3 milhões aportados pelo Capital Lab tirou a empresa do papel e garantiu uma base com mais de 3 mil produtores cadastrados, com uma área produtiva somada que ultrapassa os 1,3 milhão de hectares até aqui. O próximo objetivo, com os novos investimentos, é atingir 11,5 mil usuários até o primeiro semestre de 2021, chegando a 3,5 milhões de hectares.

Trabalhando há anos em consultoria de negócios, o CEO da Atomic Agro, Bruno Matozo, detectou uma necessidade dos médios e pequenos produtores rurais: dados e serviços que ampliam a produtividade e geração de negócios.

Independentemente do setor ou do porte da empresa, a informação sempre foi um ativo de grande valor e, de modo geral, ganhou ainda mais importância com o avanço tecnológico e mudanças na dinâmica dos mercados. E essa realidade se repete na agricultura.

A Atomic coleta os dados dentro da sua própria rede de cadastrados, de forma confidencial, que são devolvidos aos próprios produtores para que eles tomem as melhores decisões. São dados como a escolha de produtos e insumos que têm melhor performance em determinadas regiões, surgimento de pragas e doenças e produtividade de cada variedade dos grãos naquela safra.

A startup também oferece dados e cotações de câmbio e mercado futuro em tempo real, melhores condições comerciais na compra de insumos, equipamentos, sementes e defensivos, negociações especiais em taxas de financiamento de crédito e um exclusivo sistema de comercialização, que conecta quem quer comprar com quem quer vender.

Usando como média o custo de R$ 3 mil por hectare plantado, o potencial de negócio da startup com 3,5 milhões de hectares captados é de R$ 1,05 bilhão, podendo o valor variar de acordo com a cotação do dólar.

“Em 2018, criamos a empresa e recebemos um aporte de R$ 3 milhões do Capital Lab. Agora, partimos para uma nova rodada de investimentos. Atualmente, nosso foco está sobre a soja e o milho, mas já abrimos para outras culturas como o café e o algodão. Vamos fortalecer o nosso trabalho de intermediação entre os agricultores e fornecedores de serviços e produtos. A estimativa é de que essa vertical venha a responder por 80% do nosso faturamento já no fim do ano”, explica Matozo.

No Brasil, segundo dados da Scot Consultoria, os pequenos e médios produtores, com fazendas de até 2,5 mil hectares, são responsáveis por 70% dos alimentos produzidos no País e por cerca de 40% do Valor Bruto da Produção (VBP).

Minas Gerais é o segundo mercado da Atomic Agro, atrás do Paraná. Apesar da força do agronegócio mineiro e da origem da empresa no Estado, o perfil das propriedades – com área média de 290 hectares – acabou deslocando o principal mercado para o Sul.

Mercado promissor – Assim como a própria plataforma, o mercado de agtechsstartups que criam soluções para ampliar a produtividade no campo – é um dos mais promissores. Em 2018, de acordo com o estudo AgriFood Tech Investing Report, o segmento captou US$ 17 bilhões, valor que representa um crescimento de 43% em relação a 2017.

“Viramos um hub de serviços e soluções. Sendo uma empresa independente, podemos levar até os produtores instituições às quais eles não têm acesso. Podemos suprir esse gap de informações e intermediar esse contato. A previsão é de que fecharemos 2020 com um faturamento de R$ 3 milhões”, pontua o CEO da Atomic Agro.

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