Doces viram fonte de renda para produtoras

13 de agosto de 2021 às 0h24

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Entre itens produzidos estão bananada cremosa com mel na casquinha e barrinha de banana, coco e mel | Crédito: Codevasf/Divulgação

A produção de doces artesanais à base de banana e mel está sendo uma alternativa de trabalho e renda para um grupo de mulheres da Associação Comunitária de Santa Cruz, no município de Bocaiuva, no Norte de Minas. Associadas à Cooperativa dos Apicultores e Agricultores Familiares do Norte de Minas (Coopemapi), elas iniciaram essa atividade neste ano, com o apoio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), e já estão produzindo 10 mil unidades de doces por dia. 

Os produtos são: bananada cremosa com mel na casquinha; barrinha de banana, coco e mel; e bananinha cremosa tradicional, que não leva açúcar em sua composição. De acordo com o presidente da Coopemapi, Luciano Fernandes, a iniciativa foi das próprias mulheres, e elas estão conseguindo obter, nesse início de atividades, renda mensal média de um salário-mínimo e meio. 

“Nós temos um contrato com a Prefeitura de Montes Claros e a produção está sendo entregue diariamente, com produtoras se revezando em dois turnos, respeitando todos os cuidados sanitários. Além da renda, as produtoras podem conciliar esse trabalho com suas atividades em casa, já que trabalham em meio período, além de não precisarem sair da zona rural para buscar emprego na cidade”, afirma Fernandes. 

Para Miriam Regina Reis, produtora associada responsável pelas vendas governamentais, essa iniciativa traz benefícios que vão além da geração de renda. “Esse projeto tem sido uma luz na vida das mulheres. Elas estavam isoladas na zona rural, sem oportunidades de trabalho, principalmente com a pandemia, e, agora, já podem ter uma renda sem sair do campo. Também conseguimos perceber uma melhora significativa em sua autoestima. São mulheres honestas, trabalhadoras e com muitas habilidades”, conta. 

A produtora relata, ainda, que a intenção é que novas receitas sejam testadas, aproveitando a matéria-prima disponível na região, e que existe uma demanda de mais mulheres que desejam se inserir nessa atividade. “Nós temos futuro, temos potencial de crescimento. Estamos correndo atrás para ampliar nossa infraestrutura de espaço e equipamentos a fim de comportar um maior número de mulheres envolvidas nessa atividade”, completa Miriam.

Apoio e parcerias

Segundo o presidente da Coopemapi, Luciano Fernandes, a expectativa é de que a produção chegue a 20 mil unidades de doces por dia, com um lucro que pode chegar a R$ 2 milhões por ano. “O espaço onde são produzidos os doces é uma escola que estava desativada e foi cedida pela Prefeitura Municipal de Bocaiuva para uso da cooperativa. A máquina de embalagem automática dos doces foi fornecida pela Codevasf. Pensamos, com o tempo, em estender nosso mercado para São Paulo, Belo Horizonte e outros”, explica Fernandes. 

O engenheiro agrônomo Alex Demier, chefe da Unidade de Desenvolvimento Territorial da Codevasf em Minas Gerais, destaca o trabalho para a viabilização dessa iniciativa. “Desde 2019, o grupo de mulheres, em articulação com a Coopemapi e a Codevasf, vem trabalhando para viabilizar a produção. Foram feitas capacitações, adequação da escola às exigências da vigilância sanitária, testes do produto no mercado para verificar a aceitação, aquisição de equipamentos, culminando com o início da operação em 2021”. 

“Esse projeto é de grande relevância, pois gera renda para mulheres da zona rural a partir da agregação de valor aos produtos do município, como banana e mel, provenientes da agricultura familiar. A Codevasf apoia essas iniciativas, que contribuem para o desenvolvimento regional e trazem melhores condições de vida para a população”, conclui o superintendente da companhia em Minas, Marco Câmara.

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