A localização privilegiada, a disponibilidade de mão de obra capacitada e a logística nos 300 anos de Minas Gerais continuam atraindo investidores. Somente em 2019, a atração de investimentos chegou a R$ 56 bilhões e a previsão para 2020 é superar R$ 30 milhões. Até outubro, o montante conquistado era de R$ 22,5 bilhões.
De acordo com o secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Fernando Passalio, o posicionamento e as ações do governo, que abriu as portas do Estado para os investidores, têm contribuído para aumentar a atratividade. “A atração de investimentos é um dos principais caminhos para a promoção do desenvolvimento que esperamos para o nosso Estado, para a geração de emprego e de renda”.
Tão importante como a atração é a taxa de implementação, que, segundo Passalio, está bem alta. “Os investimentos estão sendo atraídos e concretizados, o que é o mais importante. Sai do papel e vira recursos gastos na nossa economia e empregos gerados na nossa sociedade”.
Estratégia – Para conquistar novos investimentos, Passalio explica que o governo tem explorado bastante as potencialidades do Estado. “Minas, por muitos anos, teve como principal atividade a mineração. Mas precisamos trabalhar em frentes de diversificação para explorar outros atrativos. Devido à posição geográfica, Minas tem um verdadeiro hub logístico, que liga as empresas aos maiores centros de consumo do País. Também temos o primeiro Aeroporto Industrial do Brasil. Com posição central e sendo possuidora da maior malha rodoviária do País, Minas tem todas as credenciais para ser tornar um atrativa do ponto de vista logístico”.
Dentre as vertentes trabalhadas pelo Estado na busca por investimentos estão os setores de inovação e distribuição, com destaque para o Sul de Minas, e de energia solar no Norte.

Agronegócio: agregação de valor e novos mercados
Um dos setores mais importantes do Estado, o agronegócio evoluiu muito nos 300 anos de Minas. Houve grande fortalecimento da produção de café, de bovinos (leite e carne), suínos, frango, da produção de grãos, cana-de-açúcar entre outros. Os trabalhos têm sido voltados para ampliar a produtividade e a qualidade, com a implantação de tecnologia e busca por uma produção mais sustentável. O resultado tem sido a agregação de valor e conquista de mercados.
Com toda a evolução, o setor é uma importante fonte de recursos para desenvolvimento dos municipais e está presente em todas as regiões. “Trabalhamos disseminando as informações no sentido de valorizar, capacitar, orientar e buscar assistência técnica para melhorar a atuação do produtor, introduzir tecnologias com foco na valorização e conquista de mercados”, disse a coordenadora da assessoria técnica da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Aline Veloso.
A riqueza gerada e a variedade de culturas produzidas marcam a história dos 300 anos de Minas Gerais. A agropecuária é a principal atividade econômica em 143 municípios mineiros. Em 417 municípios, a agropecuária é a segunda maior atividade produtiva. “Ou seja, 65,7% dos municípios mineiros têm uma vinculação muito forte com o setor”, disse Aline.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos 63 produtos com dados disponíveis na Pesquisa Agrícola Municipal (PAM), Minas produz 50 deles. Já na pecuária, Minas atua em todos os segmentos, incluindo abelhas, pequenos animais, caprinos e ovinos, cavalos, bovinocultura de leite e corte, galinhas de postura e de corte e suínos.