Maior queijo do País é da mineira Ipanema
Produto, que pesou 2.453 Kg, foi distribuído no fim de semana; sobremesa foi uma barra gigante de doce de leite
22 de junho de 2022 às 0h30
Imagine um queijo Minas, padrão, gigante e pesando mais de duas toneladas sendo distribuído para a população em clima de festa e alegria. Essa cena aconteceu no último sábado na cidade de Ipanema, no Vale do Rio Doce, município de cerca de 25 mil habitantes. A pequena cidade do interior ostenta um título de peso no País, valorizado principalmente entre os mineiros: produz o maior queijo do mundo.
O queijão, que pesou 2.453 quilogramas (Kg), foi uma das principais atrações da 12ª Festa do Queijo, um evento promovido em Ipanema pela prefeitura e produtores locais e que se tornou tradição no Estado. A festa deste ano teve um gostinho especial, pois o super queijo, produzido pelo laticínio Dois Irmãos, bateu o próprio recorde registrado na festa de 2019, quando o produto foi aferido em 2.284 Kg.
De acordo com um dos sócios do laticínio que fabricou a iguaria, Mateus Santos Nascimento Silva, a ideia de produzir um queijo gigante surgiu em 2017. “A ideia do prefeito da cidade foi abraçada por nós. O objetivo era criar um atrativo, uma marca que valorizasse ainda mais a festa do queijo”, contou. Segundo ele, o evento é importante porque a pecuária leiteira é uma das principais atividades econômicas de Ipanema e atrai cerca de 10 mil turistas para a cidade. “Os hotéis ficam lotados e (o evento) movimenta o comércio da cidade”.
O super queijo começou a ser feito uma semana antes da distribuição. Foram usados em torno de 25 mil litros de leite produzidos na região e 400 Kg de sal, além de coalho e fermento lácteo. A forma gigante abrigou a massa. Depois de pronto, foi colocado em uma câmara frigorífica feita especialmente para manter a temperatura do queijo gigante adequada. “Além disso, há todo um cuidado de coleta de amostras e análises do material, uma vez que o queijo precisa obedecer às condições sanitárias adequadas”, observou o produtor.
No sábado, dia da distribuição, o queijo já devidamente envelopado foi removido da câmara frigorífica por uma empilhadeira. Foi pesado em uma dessas balanças para caminhões. O peso foi auditado pela Rank Brasil e, em seguida, o produto foi distribuído para a população.
“Foi uma satisfação. Ainda mais porque estávamos já há dois anos sem a Festa do Queijo presencial. Eu não sei se é o maior queijo já produzido no mundo, mas tenho certeza de que é o maior do Brasil. E a meta para o próximo ano é superar os 2.600 quilos”, disse Silva.
Doce de leite
Também é de Ipanema um super doce de leite, uma barra gigante que também foi distribuída à população junto com o queijão. Uma combinação tradicionalmente mineira.
“Nós fazemos o doce há 9 anos para a festa. Foram gastos aproximadamente 2 mil litros de leite, açúcar, amido e glicose. O doce é feito em tacho de inox, a vapor. Em seguida passa pelo batedor e é resfriado em uma forma de metal. Neste ano, batemos nosso recorde com uma barra de 873 Kg. Em 2019, o doce pesou 828 Kg”, relatou o produtor Marlúcio Venâncio Rodrigues, sócio-administrador da fábrica de doces Nhá Nair, que funciona há mais de 20 anos em Ipanema.
Segundo Rodrigues, o doce de leite fica macio, sendo muito apreciado pela população local. Ele enfatizou que todas as condições sanitárias são adequadas e também há a análise de amostras antes da distribuição ao público. “Quem faz a distribuição é a prefeitura e a organização do evento. Tem gente de todo tipo e de várias partes do País querendo comer o doce. É um momento de alegria na festa”, completou Rodrigues.