Preço médio de alimentos na Ceasa tem alta de 32,06%

23 de fevereiro de 2021 às 0h28

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A oferta de produtos na Ceasa Minas apresentou retração de 10,3% em janeiro | Crédito: Charles Silva Duarte/Arquivo DC

A estiagem registrada entre setembro e outubro de 2020 e a concentração maior de chuvas logo no início de 2021 contribuíram para que a oferta de produtos na Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas), unidade Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), ficasse menor em janeiro.

No período, houve queda de 10,3% frente a dezembro, com a oferta atingindo 154,8 mil toneladas. A retração aconteceu em um período de menor demanda, o que permitiu que os preços também recuassem, em média, 3,4% frente ao último mês de 2020.

Porém, na comparação com janeiro de 2020, o preço médio do quilo dos alimentos está 32,06% maior. 

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De acordo com o chefe da Seção de Informações de Mercado da Ceasa Minas, Ricardo Fernandes Martins, mesmo com a retração vista nos preços em janeiro, o valor médio, R$ 3,13 por quilo, ainda está elevado se comparado com o mesmo período do ano anterior. 

Segundo os dados do estudo “Conjunturas da Ceasa Minas”, referente a janeiro de 2020, o valor médio do quilo praticado naquele mês era de R$ 2,37, o que representa uma alta de 32,06% no preço registrado em janeiro de 2021. Fatores como o aumento das exportações e também do consumo interno justificam o avanço. 

“Ao longo de 2020, foi registrada uma alta muito forte nos preços dos cereais, como o milho, e também dos produtos industrializados, como açúcar e óleo de soja. Também foram vistas altas expressivas no setor de hortigranjeiros e em produtos com consumo elevado, como a batata, o tomate e a cenoura. Estes itens têm grande influência na média de preços geral e, por isso, os valores de janeiro estão elevados em relação ao mesmo período do ano anterior”, disse Martins.

Quais são as tendências?

Até abril, a tendência ainda é de preços firmes na Ceasa Minas, uma vez que o clima é menos favorável para a produção de importantes itens e outros ainda estão em período de entressafra, o que reduz a oferta e tende a elevar os preços. 

“A dica que sempre damos ao consumidor é que ele tente substituir por produtos com preços mais favoráveis. Além disso, é importante pesquisar muito os preços. O consumidor normalmente vive uma situação desfavorável nos primeiros meses do ano. O clima impacta muito na produção até abril. A gente espera que, este ano, como os preços começaram em patamares mais altos, que a situação não seja tão severa e que o consumidor acabe favorecido”, falou o chefe da Seção de Informações de Mercado da Ceasa Minas

Ainda segundo Martins, novas altas acabam assustando o consumidor, que reduz o volume de compras, o que não é interessante. “Grande parte dos produtos comercializados na Ceasa é perecível e precisam ser comercializados bem rápido. Se o consumidor reduz as compras, força promoções”.

Qual a variação dos produtos?

Dentre os produtos ofertados na Ceasa Minas, em janeiro, os hortigranjeiros somaram 120,3 mil toneladas, representando uma queda de 6,2% frente a dezembro. O preço médio foi de R$ 2,72 e ficou 2,8% menor. 

No período, o preço do repolho, R$ 0,81 o quilo, caiu 18,2% no mês, seguido pelo milho verde, com o quilo cotado a R$ 0,65 e uma redução de 27% frente a dezembro. No caso da batata, o quilo foi vendido, em média, a R$ 2,45, queda de 4,7%. 

“A batata é um produto muito consumido. Mesmo com a redução, ainda está com preço elevado. O valor de R$ 2,45 no atacado faz com que o produto chegue a preços bem altos ao consumidor”, explicou o chefe da Seção de Informações de Mercado da Ceasa Minas. 

Entre as altas, o pepino, com o quilo vendido a R$ 1,58, ficou 31,7% mais caro. A cebola, cujo quilo foi cotado, em média, a R$ 2,20, aumentou 18,3%. O tomate subiu 9,5%, com o quilo comercializado a R$ 2,54. 

Nas frutas, houve redução de 32,4% no preço médio do abacate, com o quilo cotado a R$ 5,08. “Vale observar que o preço, mesmo com a queda, ainda está muito alto”, disse Martins.

O mamão formosa, com o quilo vendido a R$ 1,43, apresentou queda de 27,8% no preço.  A cotação da banana nanica caiu 23%, com o quilo avaliado a R$ 2,08. 

Já a manga, com o preço médio de R$ 2,12 por quilo, registrou alta de 41,3%. “A partir de janeiro, o volume das mangas comuns começa a cair e o comércio fica mais concentrado em variedades nobres, que têm maior valor de venda. Mesmo assim, o preço está acessível”. 

Em janeiro, a banana prata, com quilo vendido a R$ 3,92, apresentou alta de 19,1%. O melão, que custou R$ 2,46 o quilo, encerrou janeiro com aumento de 10,3%.

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