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Agronegócio

Suínos em MG valorizam com peste na China

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  • Por Michelle Valverde
  • Em 16 de julho de 2019 às 00:17
Incremento tem contribuído para a recuperação financeira dos criadores, que vinham acumulando prejuízos nos últimos anos - Crédito: REUTERS/Rodolfo Buhrer

A demanda aquecida por proteína animal no mercado mundial após a epidemia de Peste Suína Africana (PSA) na China, que assolou o rebanho suíno do país, tem surtido efeito no mercado brasileiro de suínos.

Em Minas Gerais, na primeira quinzena de julho, o quilo do animal vivo foi negociado, em média, a R$ 5,80, valor 85,89% maior que o praticado em igual período do ano passado.

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A expectativa é de mercado firme para o produto, o que é importante para a recuperação financeira do setor, que, nos últimos anos, trabalhou acumulando prejuízos.

De acordo com o médico veterinário e consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), Alvimar Jalles, os chineses são os maiores produtores e consumidores de carne suína do mundo e, com o déficit de oferta, a elevação dos preços, inclusive das demais proteínas, vem sendo sentida em todo o mundo.

“Em meados de 2017, a China, que é o maior produtor e consumidor mundial de carne suína, começou a registrar casos de PSA, uma doença exclusiva dos suínos, que não acomete os humanos, mas que não tem vacinação e nem cura. Restando, apenas, o sacrifício sanitário dos animais. A carne suína é disparada a mais consumida pelos chineses, e, por causa dessa doença, o déficit está elevando os preços de todas as carnes no mundo. O Brasil, assim como outros países criadores, vem sendo beneficiado com a maior procura, porque os chineses precisam suprir a demanda do plantel sacrificado”, explicou Jalles.

Segundo as informações da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as exportações de suínos seguem em alta, o que vem limitando a oferta interna e sustentando os preços pagos aos suinocultores em níveis elevados.

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Os dados mostram que, no acumulado do primeiro semestre, as vendas internacionais de carne suína do Brasil totalizaram 346,6 mil toneladas, volume que supera em 24,5% o total embarcado em igual período de 2018, com 278,3 mil toneladas. Em receita, a movimentação no primeiro semestre chegou a US$ 699,7 milhões, número 23,4% superior ao registrado em 2018, com US$ 567,2 milhões.

Principal destino das exportações em 2019, respondendo por 26,7% do total, a China incrementou as compras em 30,7% no período, com total de 91,2 mil toneladas no primeiro semestre.

Mercado interno – Em Minas Gerais, ao contrário do resultado nacional, as exportações de carne suína estão em queda. Uma das justificativas é a demanda do mercado interno elevada, o que tem proporcionado preços mais rentáveis. Por isso, a carne produzida em Minas tem como principal destino o mercado local.

Os últimos dados disponíveis mostram que, de janeiro a maio, a movimentação financeira gerada com os embarques de carne suína, em Minas Gerais, ficou 44,9% menor em relação a igual período do ano passado, somando US$ 6,6 milhões. O volume exportado retraiu 37,7% e encerrou o período em 3,9 mil toneladas.

“Em nível Brasil, as exportações de carne suína estão em alta. Minas Gerais não é um estado com tradição exportadora, mas o mercado brasileiro de carne suína é intercomunicante. Os estados com tradição são os três do Sul. Portanto, há uma disponibilidade interna de carne suína no Brasil menor este ano, o que está garantindo os preços maiores”, destacou.

Consumo interno sustenta preços

Em Minas Gerais, a oferta ajustada à demanda tem estimulado os preços do suíno vivo. Nos primeiros 15 dias de julho, o quilo foi negociado, em média, a R$ 5,80, valor 85,89% superior ao registrado na média de julho de 2018, quando o volume estava cotado a R$ 3,12.

No acumulado do ano até a primeira quinzena de julho, o preço pago pelo suíno no Estado teve valorização de 61,1%. Mesmo com a elevação nos preços, o consumo interno segue firme e vem sustentando os valores.

A manutenção de demanda, segundo o médico veterinário e consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), Alvimar Jalles, tem como justificativa a alta dos preços das carnes concorrentes.

“No varejo, a carne suína mantém a competitividade, porque, proporcionalmente, a carne de frango e a carne bovina subiram mais desde janeiro. Exemplo disso é que, em janeiro, o preço do quilo de dianteiro do bovino era 123% do quilo da carcaça suína, agora subiu para 133%. O quilo do acém bovino, que era 74% do quilo do lombo, no varejo, hoje, está em 105%”, disse Jalles.

A valorização dos preços do suíno é importante e está contribuindo para a recuperação financeira do setor. Nos últimos anos, principalmente, em 2018, a suinocultura enfrentou perdas em função dos custos elevados e preços recebidos menores que os gastos com a produção. Esse movimento fez com que o plantel fosse reduzido, o que também contribui para a manutenção dos preços atuais elevados e para a tendência de mercado firme até, pelo menos, o final do ano.

“Por 2018 ter sido um ano de uma crise muito forte na suinocultura, sempre há um enxugamento da produção. Neste momento, o cenário é positivo e permite um começo de recuperação dos sofrimentos do ano passado. A tendência é de que ocorra aumento da produção de suínos somente no segundo semestre de 2020, isso porque o ciclo de produção do suíno nunca é menor que 18 meses, entre a decisão de ampliar e o produto chegar ao mercado”.

Safra de milho pode favorecer margem

Um dos principais insumos da produção de suínos é o milho. Nos últimos anos, a oferta menor do cereal contribuiu para a elevação dos preços e, consequentemente, dos custos com a atividade. Essa alta comprometeu as margens de lucratividade e provocou diversos prejuízos ao suinocultor.

Neste ano, os valores do milho ainda estão em crescimento, porém, o índice – cerca de 10% a mais – está em níveis abaixo da valorização do suíno (85,89%), o que permite melhores condições de produção e o início da recuperação das margens do suinocultor. O mercado do milho deve ser acompanhado de perto pelos criadores, uma vez que a previsão de uma safra nacional recorde pode provocar queda nos preços.

De acordo com o zootecnista e analista de agronegócios da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Wallisson Lara Fonseca, a saca de 60 quilos do cereal está cotada, em média, a R$ 32 em Minas Gerais, valor 10% maior que o praticado em igual período do ano passado.

A situação do suinocultor, entretanto, está mais favorável e o momento é de busca pela recuperação dos prejuízos.

“A gente vê a recuperação de margem, mas não podemos falar que o suinocultor está nas nuvens, no apogeu. Isso porque ele trabalhou no vermelho nos últimos anos, acumulando prejuízos em função dos custos elevados e queda dos preços do suíno. O momento é de retomada de preços do suíno vivo, que, hoje, mesmo com a alta do milho, estão em patamares superavitários”, disse Lara.

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  • Tags: Agronegócio
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