MINASCON | Salim Mattar defende privatizações

19 de setembro de 2019 às 0h11

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Crédito: Sebastião Jacinto Júnior

“Os sociais democratas não entendem de economia”. A frase foi dita pelo secretário especial de desestatização do governo federal, Salim Mattar, ontem, durante a palestra “As privatizações e seus impactos no desenvolvimento nacional”, evento de abertura do Minascon.

Em todo o tempo, Mattar frisou que o governo Bolsonaro pegou um País com números alarmantes relacionados desde aos gastos públicos até aos números de homicídios no País. Ao se referir ao número de estatais no Brasil – 205 –, ele chegou a dizer que foi criado um “monstrengo”.

Mattar reforçou que, nos últimos dez anos, as 18 estatais dependentes custaram R$ 160 bilhões aos contribuintes, recursos estes, ele ressaltou, que poderiam ser investidos em outras áreas, como saúde e educação.

Outro número destacado por ele foi o rombo de R$ 27 bilhões relativo à perda potencial dos bancos públicos em empréstimos à Odebrecht.
Mattar afirmou que, embora todos paguem alto essas contas, não há contrapartida para o cidadão.

“Toda arrecadação vai para o custeio da máquina e não sobra dinheiro para investir em infraestrutura”, disse ele. “Isso mesmo tendo em vista o fato de o Brasil ter a carga tributária de uma Suécia.”

Além disso, Mattar frisou que o País está descumprindo o artigo 173 da Constituição Federal, que diz: “Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei”.

Resolução – Mattar frisou que ele poderá entregar R$ 1 trilhão ao Estado, dependendo do que a sociedade, o Congresso e o presidente acharem que se pode vender. O secretário acrescentou que, somente neste ano, com as privatizações já ocorridas e a da Liquigás, que acontecerá em breve, já será ultrapassada a meta de R$ 20 bilhões. “temos 17 estatais para venda hoje”.

“O governo do PT não gostava de lucro, capitais, empresários e não tinha porque facilitar para o empresário”, destacou. “Mas é a iniciativa privada que move o País, não o governo.”, falou.

Segundo Mattar, pela primeira vez o governo liberal chegou ao poder para equilibrar as contas, porém, isso não acontece de um dia para o outro. “Eu passo 80% do meu tempo desconstruindo o passado e 20% pavimentando o futuro”
O Minascon, maior evento da cadeia produtiva da construção no Estado, será realizado de 17 a 22 de setembro na sede do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas), em Belo Horizonte. Estão previstas discussões sobre tecnologia, inovação, tendências da construção civil, economia, sustentabilidade, entre outras.

O encontro é realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e pelo Sebrae Minas.

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