Aeroporto-indústria vai operar em 2020

11 de dezembro de 2019 às 0h17

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O aeroporto-indústria em Confins aguarda a última certificação da Receita - Crédito: Divulgação

O início das operações do aeroporto-indústria em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), ficará mesmo para 2020. A BH Airport, concessionária responsável pelo equipamento anexo ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, ainda aguarda uma última certificação por parte da Receita Federal (RF). Trata-se da validação da integração entre os sistemas do aeroporto e da Receita.

De acordo com o gerente de Comunicação e Ouvidoria da BH Aiport, Nicolau Maranini, tudo o que tinha que ser feito por parte da empresa foi realizado e agora resta apenas esta aprovação. Segundo ele, por se tratar de um modelo inédito – uma vez que este será o primeiro do tipo no País – existe maior cautela por parte dos órgãos responsáveis.

“O poder público tem um tempo específico e não podemos dizer se está demorando ou não. Mas a Receita tem nos ajudado em tudo que é necessário para prosseguirmos com a implantação do aeroporto-indústria”, afirmou.

Procurada, a Receita informou que está na fase de Análise de Conformidade do sistema de controle do aeroporto-indústria e que outras frentes, como o escritório da inspetoria e a readequação da infraestrutura do local, já estão bem adiantadas.

“Por parte da Inspetoria da Receita em Confins, não há elementos que permita uma previsão certa (de emissão certificação). O mais provável é que o Ato Declaratório seja publicado no início do próximo ano”, disse por nota.

De toda maneira, a BH Airport segue com as negociações com empresas interessadas a se instalar no local. No momento, existem pelo menos 15 interessadas, cada uma com suas particularidades, demandas, setores e estágio de negociação.

Como uma espécie de piloto, a concessionária já assinou um memorando de entendimento com a Prime Holding, localizada em Lagoa Santa (RMBH) para ser a primeira indústria a se instalar no entreposto, o que deve ocorrer em janeiro. Já o início das operações da empresa deverá ocorrer somente em março.

Histórico – O projeto de transformar o aeroporto no primeiro entreposto aduaneiro do País, onde empresas possuem isenção de impostos federais e estaduais para produzir mercadorias destinadas à exportação, começou a ser desenhado pelo governo do Estado em 2000. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que até meados de 2014 era a única administradora do terminal, tentou licitar as áreas para indústrias, mas não obteve sucesso.

Agora, a execução do projeto enfim promete elevar a participação do transporte de cargas nas receitas da concessionária dos atuais 10% para algo em torno de 40% e atrair investimentos bilionários para Minas Gerais. A estimativa da BH Airport é que o início das operações atraia aportes da ordem de R$ 1,5 bilhão por meio da atração de empresas de alto valor agregado para a área alfandegária do aeroporto nos próximos anos.

Melhorias – A BH Airport investiu R$ 80 milhões na modernização e melhorias do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte no decorrer de 2019, por meio da instalação de novos equipamentos. De acordo com balanço divulgado pela concessionária, foram instalados quatro novos elevadores no saguão central do Terminal de Passageiros e outros serão inaugurados ainda neste mês.

Além disso, o aeroporto também passou a contar com uma nova central de água gelada, que elevou a eficiência na climatização do lado doméstico do terminal.

A concessionária comemora os números deste ano, já que o fluxo de passageiros no terminal vai superar os 11 milhões em 2019. O número representa elevação de 6% sobre o exercício anterior. A movimentação de cargas também seguiu em expansão e será superior a 50 milhões de toneladas no ano, alta de 25% sobre 2018.

Entregas da Boeing recuam

Bangalore e Seattle – A Boeing entregou menos da metade do número de aeronaves nos primeiros 11 meses de 2019 do que no mesmo período do ano passado, informou a fabricante de aviões ontem, enquanto continua enfrentando impactos da suspensão de voos dos jatos 737 MAX.

As entregas totalizaram 345 aeronaves nos 11 meses até novembro, em comparação com 704 no ano passado e também foram menos da metade do número entregue pela rival europeia Airbus no mesmo período.

Os clientes geralmente pagam a maior parte da aeronave na entrega, por isso o indicador é importante para o setor.

A Boeing viu um aumento nos pedidos na feira de aviação de Dubai, no mês passado, elevando o número de encomendas líquidas de cancelamentos ou conversões este ano para 56 no final de novembro, ante 45 no mês anterior.

Após um ajuste contábil, o total líquido de pedidos da Boeing neste ano melhorou marginalmente para 84 aviões negativos em comparação a 95 negativos no mês anterior.

Os pedidos incluíam uma conversão de oito aeronaves MAX para dois 787 Dreamliners, feita pela China Aircraft Leasing Group.

A empresa também disse que recebeu 30 pedidos para a aeronave 737 MAX, incluindo uma encomenda de dez unidades feita pela turca SunExpress e outros 20 aviões MAX pedidos por um outro cliente não identificado pela Boeing. (Reuters)

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