Bahamas implanta usina solar própria

8 de agosto de 2020 às 0h15

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O Grupo Bahamas deverá economizar R$ 955,6 mil por ano com a geração fotovoltaica | Crédito: Divulgação

Com investimentos de R$ 2,8 milhões, o grupo Bahamas, sediado em Juiz de Fora, na Zona da Mata, construiu sua própria usina  solar fotovoltaica e, em breve, vai começar a gerar energia para compensação em sete instalações da rede.

Trata-se de um projeto-piloto, instalado no telhado do Centro de Distribuição (CD), instalado no município, cujo modelo poderá ser replicado em outras regiões.

De acordo com o engenheiro eletricista do grupo, Marcell Guimarães Cordeiro, a economia estimada é de R$ 955,6 mil por ano e o início das operações está previsto para janeiro de 2021, podendo ocorrer antes, a depender da homologação da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

A ideia é expandir o projeto para outras lojas. “Há outras unidades do grupo com espaço para instalação de placas e incidência solar e queremos fazer outros projetos deste porte”, disse.

A usina tem capacidade instalado de geração de 1 megawatts-pico (MWp) (840 kW de Potência Total CA) e é a maior em cobertura de edificação da Zona da Mata, com área total de módulos de aproximadamente 5,1 mil metros quadrados, área total do sistema de cerca de 22,4 mil metros quadrados. Ao todo são 2.304 módulos de 435 Wp. “A usina poderia abastecer aproximadamente 550 residências, com consumo médio de 200 KWh por mês”, ressaltou.

O investimento em geração distribuída tem sido realizado por empresas de diversos setores, em vistas de reduzir os custos com energia elétrica e, ao mesmo tempo, apostar em fontes limpas. Principalmente em meio ao cenário adverso provado pela pandemia de Covid-19.

Neste sentido, o gerente de Marketing do grupo, João Paulo Rodrigues, revelou que, apesar de as redes de supermercado terem sido mantidas abertas mesmo em cidades com medidas intensas de distanciamento social para combater o Covid-19, as estratégias do Bahamas precisaram ser revistas.

Novas lojas – Dessa maneira, o planejamento inicial de aportar, pelo menos, R$ 100 milhões em dez novas lojas em 2020 foi reduzido e ao todo serão apenas seis lojas. “No primeiro semestre abrimos duas unidades em Uberlândia e uma em Juiz de Fora. Agora serão inauguradas operações em Patos de Minas, Araxá e outra em Juiz de Fora, completando 63 lojas em funcionamento ao final deste exercício”, afirmou.

Ainda assim, o desempenho das vendas segue favorável e, conforme Rodrigues, o grupo deverá apresentar elevação no faturamento na casa dos dois dígitos em 2020.

Para se ter uma ideia, de acordo com o ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), referente ao desempenho de 2019, o Bahamas apareceu mais uma vez na 16ª posição entre as 20 maiores redes do País. O faturamento da rede do interior do Estado saiu de R$ 2,1 bilhões em 2018 para R$ 2,564 bilhões no exercício passado, um incremento de 22%.

Minas Gerais terá representante da Absolar

MICHELLE VALVERDE

Principal polo de produção de energia solar, Minas Gerais terá um representante estadual da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). O objetivo da entidade com a criação de uma coordenação estadual é reforçar a colaboração regional no desenvolvimento de políticas públicas e programas privados na área de energia solar, em busca do crescimento econômico e sustentável nos estados. Além disso, com a nomeação de representantes estaduais, a estimativa é ampliar o mercado fotovoltaico de forma pulverizada no País.

Em Minas Gerais, o coordenador estadual da Absolar é o gerente comercial da Genyx Solar Power, empresa distribuidora de produtos de energia solar, sediada em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), Bruno Catta Preta. Segundo ele, a coordenação estadual tem o objetivo de colocar a Absolar mais perto do setor produtivo de energia fotovoltaica e estimular o crescimento do uso.

De acordo com as informações da Absolar, Minas Gerais é atualmente um importante polo de desenvolvimento da energia solar. O Estado possui 600 megawatts (MW) de potência instalada nos pequenos sistemas em telhados, fachadas e terrenos de residências, empresas, propriedades rurais e do poder público, liderando o ranking estadual de geração solar distribuída e respondendo por cerca de 20% da potência instalada no Brasil. Somadas, são mais de 54 mil conexões operacionais em Minas, abrangendo em torno de 96,5% dos 824 municípios.

“Minas Gerais é o Estado que tem mais sistemas instalados no Brasil, com o maior número de empresas trabalhando e de integradores. É também o Estado que tem a maior potência. E a tendência é crescimento dos projetos de instalação”, avaliou Catta Preta.

Segundo o coordenador, a sede da Absolar é em São Paulo, ficando distante dos integradores de Minas Gerais. “O meu papel é ser a Absolar em Minas, então, o integrador, as demais empresas do setor e pessoas ou instituições interessadas em energia solar, quando precisarem de uma orientação, podem me procurar. Queremos ter uma proximidade maior, ajudar na divulgação e na disseminação do uso da energia solar”, explicou.

De acordo com Catta Preta, nos últimos anos, o sistema de geração distribuída de energia solar, no Brasil, apresentou crescimento médio de 230% ao ano, com grande participação de Minas Gerais na expansão. Com a crise provocada pela pandemia do Covid-19, o ritmo de crescimento será menor em 2020, mas ainda será positivo.

Economia na conta – O que vem estimulando o maior uso da energia solar é a economia gerada com a conta de luz. De acordo com Catta Preta, o sistema tem sido utilizado por indústrias, comércio, supermercados, padarias e residências.

Em média, a economia gerada com o uso da energia solar é de até 90% em relação à cobrança tradicional. Além da opção de instalar o sistema de captação de energia, os interessados também podem contratar o fornecimento de fazendas produtoras, o que elimina a necessidade de instalar as placas. Outro ponto positivo além da economia de recursos, o que gera competitividade para as empresas que utilizam a energia solar, é a contribuição para o meio ambiente uma vez que a geração dessa energia é limpa e renovável, o que torna o processo produtivo mais sustentável.

Outro estímulo para o crescimento do número de projetos de instalação da energia solar é o acesso a financiamentos e o retorno rápido do investimento.

Em relação ao montante de investimentos, no momento, a Absolar não está divulgando os valores devido à revisão dos mesmos, que tornou necessária em função da crise provocada pela pandemia do Covid-19.

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