Caixa financia mais de R$ 500 bi em 2020

26 de fevereiro de 2021 às 0h19

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Crédito: Pilar Olivares/Reuters

Brasília – Em um ano marcado pela retração econômica global causada pela pandemia da Covid-19, a Caixa voltou a superar a marca anterior em termos de concessão de crédito imobiliário. O banco estatal divulgou, ontem, o resultado da sua carteira de financiamento habitacional em 2020: foram concedidos R$ 509,8 bilhões para pessoas adquirirem imóveis, superando os R$ 465,1 bilhões financiados em 2019.

A Caixa continua sendo o maior financiador da casa própria no País, embora sua participação tenha diminuído de 69,2%, patamar atingido em 2019, para os 68,8% com que fechou o ano passado. As contratações de crédito imobiliário com recursos da poupança (SBPE) evoluíram de R$ 26,6 bilhões para R$ 53,7 bilhões em 2020 – repetindo o crescimento superior a 100% que já tinha sido registrado entre 2018, quando foram concedidos R$ 13,5 bilhões, e 2019.

“O ano de 2020 foi histórico. Ultrapassamos os R$ 500 bilhões, o que é, de muito longe, a maior carteira imobiliária do Brasil, correspondendo a quase 70% do mercado, com 5,6 milhões de famílias (que assinaram contratos de financiamento)”, disse, ontem, o presidente do banco, Pedro Guimarães, acrescentando que o segmento imobiliário é o “coração da Caixa”.

De acordo com Guimarães, o resultado é fruto das medidas que o banco adotou nos últimos dois anos, incluindo reduções de taxas de juros, a criação de produtos e a implementação da jornada digital do financiamento.

“O maior crescimento foi exatamente na faixa de renda média, que é a que depende da Caixa Econômica Federal. Ou seja, a parte de renda menor, exatamente a (contemplada no) programa Casa Verde Amarela que tem o financiamento do FGTS”, acrescentou Guimarães, detalhando que cerca de 96% dos R$ 62,3 bilhões aplicados no programa que reformulou o antigo Minha casa, minha vida foram financiados diretamente pela Caixa.

Pouco mais de 52,6 mil unidades habitacionais de interesse social foram entregues a famílias com renda mensal de até R$ 1.800,00, beneficiando a cerca de 210,3 mil pessoas. Além disso, o banco estima que a construção de 2,3 mil novos empreendimentos – o que totaliza 286,3 mil novas unidades habitacionais – possibilitou a geração de cerca de 1,9 milhão de empregos diretos e indiretos.

Devido ao impacto financeiro da pandemia no orçamento de muitas famílias que financiaram seus imóveis com a Caixa, o banco ofereceu a possibilidade desses clientes negociarem uma pausa do pagamento das parcelas dos contratos habitacionais. Cerca de 2,53 milhões de contratantes foram beneficiados pela medida, que ajudou a reduzir o índice de inadimplência da carteira habitacional para pessoa física, que encerrou o ano passado em 1,28%.

“Tivemos uma alta relevante da inadimplência durante os meses de abril, maio, junho de 2020, mas esta inadimplência foi muito reduzida basicamente porque nós realizamos 2,53 milhões de pausas (nos pagamentos), que variaram entre dois e seis meses. Com isso, em dezembro, 97,8% das famílias já tinham terminado as pausas. Hoje, já chegamos a 99,6%. Basicamente todas as famílias já encerraram as pausas, com uma média de inadimplência abaixo da média histórica. O que demonstra a qualidade do crédito”, acrescentou Guimarães. “Além disso, na volta das pausas, ofertamos às famílias em dificuldades financeiras a retomada dos pagamentos com valores menores”. (ABr)

Nova linha começa a valer no dia 1º de março

Brasília – A Caixa anunciou, ontem, a criação de uma nova linha de crédito imobiliário. O financiamento, que estará disponível a partir da próxima segunda-feira (1º), terá taxas de juros atreladas ao percentual de rendimento da Poupança mais um percentual que irá variar de acordo com o perfil do cliente.

As taxas efetivas partem de 3,35% ao ano, somadas à remuneração adicional da poupança: 70% da taxa Selic quando esta for igual ou menor a 8,5% ao ano; ou 6,17% ao ano quando a Selic superar 8,5% ao ano. O saldo devedor do financiamento será atualizado mensalmente pela Taxa Referencial (TR). O prazo de pagamento é de 35 anos (420 meses). O financiamento será válido para aquisição de imóveis novos, usados, construção e reformas.

Inicialmente, a Caixa prevê destinar R$ 30 bilhões à nova modalidade de financiamento, batizada de Crédito Imobiliário Poupança Caixa. No entanto, o banco admite a possibilidade de ampliar esta quantia caso haja demanda.

A linha de crédito também estará disponível para clientes de outros bancos a partir de março. Os interessados poderão fazer simulações no site da Caixa ou no app Habitação Caixa, por meio do qual também é possível efetuar a negociação. Aos que optarem por ter conta no banco, é possível pedir a portabilidade.

“Temos uma posição única (para operar com) este produto”, disse o presidente do banco, Pedro Guimarães, apontando que, hoje, a instituição já conta com 145 milhões de clientes e R$ 387,6 bilhões depositados em contas poupança.

Guimarães destacou que, entre 2019 e 2020, as contratações de crédito imobiliário com recursos da poupança (SBPE) feitas pelo banco evoluíram de R$ 26,6 bilhões para R$ 53,7 bilhões – repetindo o crescimento superior a 100% que já tinha sido registrado entre 2018 (quando foram concedidos R$ 13,5 bilhões) e 2019.

Com a nova linha, a Caixa passa a oferecer quatro opções de financiamento imobiliário com recursos da poupança (SBPE), para aquisição de imóvel novo ou usado, construção e reforma. “Os clientes com relacionamento com a Caixa têm sempre juros menores. Quanto maior o relacionamento, menor a taxa de juros”, acrescentou Guimarães, frisando que, entre servidores públicos, as taxas variam entre 4,75% e 5,15%, enquanto para trabalhadores da iniciativa privada elas variam de 4,75% a 5,35%, enquanto para quem não tenha relacionamento bancário com a Caixa, ela é de 5,39%. (ABr)

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