Cemig anuncia ampliação de participação na Renova

23 de março de 2019 às 0h02

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Créditos: Alisson J. Silva

São Paulo – A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) informou que fechou contrato para ampliar sua fatia na Renova Energia, empresa de geração limpa na qual é sócia, com uma previsão ainda de lançar uma oferta pública para a aquisição das demais ações da companhia em circulação.

Simultaneamente, a Cemig disse também na nota que a Renova aprovou a venda de seu complexo eólico Alto Sertão III para a AES Tietê, sem informar valores envolvidos na negociação. Antes dos anúncios, a Renova já havia recusado uma oferta da canadense Brookfield e da própria AES Tietê pelo parque eólico Alto Sertão III.

A venda do parque, principal ativo da Renova, cuja construção está parada há anos por falta de recursos, é vista como fundamental para viabilizar uma necessária reestruturação da empresa de energia limpa, que enfrentou pesados prejuízos nos últimos anos.

A Renova tem enfrentado dificuldades financeiras desde o fracasso de uma associação à norte-americana SunEdison no final de 2015, o que levou a Cemig a avaliar diversas alternativas para a companhia, incluindo sua venda – a empresa foi colocada no plano de desinvestimentos da estatal mineira.

Após a venda de Alto Sertão III, no entanto, a Cemig afirmou que seguirá buscando reestruturar a Renova Energia.

“Vamos sanear a empresa para que ela volte a participar de forma competitiva de certames de energia renovável e retome a liderança em geração de energia eólica no país”, disse em nota o diretor de Gestão de Participações da Cemig, Daniel Faria Costa.

Detalhes – De acordo com o comunicado, a unidade de geração e transmissão da Cemig (Cemig GT) e sua controlada Light selaram contrato para comprar 6,6 milhões de ações ordinárias e 644,1 mil ações preferenciais da Renova detidas pelo CG I Fundo de Investimento.

Os papéis serão adquiridos na proporção de 67,85% por Cemig GT e 32,15% pela Light, com a CG I recebendo como contrapartida títulos de valores mobiliários subscritos pelas empresas que corresponderão ao valor nominal de R$ 14,68 por ação de emissão da Renova.

O Conselho de Administração da Cemig GT ainda aprovou que a empresa e a Light realizem uma oferta pública de aquisição de ações “em que será oferecido aos acionistas da Renova tratamento igualitário àquele conferido à CG I”.

Entre os acionistas minoritários da Renova está o braço de investimentos em participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDESPar), que poderá se manifestar sobre o exercício ou não do direito de venda conjunta de suas ações (tag along).

Dívidas – Em paralelo, o conselho de administração da Renova aprovou o reperfilamento de dívidas com os bancos Citibank e BTG Pactual e junto à própria Cemig GT e à Light Comercializadora.

As dívidas com Cemig e Light, de R$ 768 milhões e R$ 253 milhões, deverão ser reperfiladas por meio de títulos de dívida de emissão da Renova nos valores de R$ 298 milhões e R$ 723 milhões, com prazo de seis anos para pagamento.

Já os débitos com Citibank e BTG Pactual, de R$ 176 milhões e R$ 179 milhões, respectivamente, serão renegociados por meio de emissões da companhia nos mesmos valores, com prazo de seis anos e um ano de carência. (Reuters)

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