Cemig não considera oferta pública de ações para processo de capitalização

31 de agosto de 2019 às 0h04

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CRÉDITO: Guilherme Dardanhan

A Cemig informou na sexta-feira (30) que uma capitalização da companhia via oferta pública de ações no mercado de capitais (follow on) não está sendo considerada, segundo esclarecimento a consultas de investidores.

A Cemig acrescentou que segue “permanentemente avaliando opções para otimizar seu fluxo de caixa e gerir sua dívida, com foco em desalavancagem, redução do custo médio da dívida e alongamento do prazo médio de pagamento”.

O governo de Minas Gerais tem um plano de privatizar a emblemática companhia do Estado.

Nesta semana, o presidente da Cemig, Cledorvino Belini, disse em Nova York acreditar que a aprovação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais à privatização da elétrica poderia levar “no máximo” seis meses.

Analistas disseram à Reuters recentemente que um resultado positivo ao esforço do governador mineiro, Romeu Zema, para privatizar a Cemig está longe de ser algo trivial, dado que seria necessária a aprovação por três quintos da Assembleia Legislativa ou a realização de um referendo popular.

Solar – A Cemig Geração Distribuída informou, em nota, que será parceira da Mori Energia em até nove usinas solares fotovoltaicas em Minas Gerais. Na sexta-feira (30), a empresa especializada em energia renovável e geração distribuída protocolou junto ao Executivo estadual a intenção de instalar 32 usinas no Estado, projeto que envolve aporte de R$ 530 milhões.

De acordo com o diretor-presidente da Cemig GD, Danilo Gusmão Araújo, a primeira usina já foi inaugurada em fevereiro deste ano. Localizada em Janaúba (Norte de Minas), em uma área de 230 mil m2, o equivalente a 27 campos de futebol, a unidade custou R$ 18,5 milhões.

“A planta é destinada ao atendimento a clientes atendidos em baixa tensão, como comércios e pequenas indústrias”, explica o executivo.

Agora, outras usinas serão instaladas em diferentes cidades, especialmente na região Norte de Minas, que, segundo o Atlas Solarimétrico da Cemig, apresenta valores médios de potencial de geração de energia comparáveis aos melhores valores do país, encontrados no território nordestino. A potência total das nove usinas é de 32 MW (megawatts), o que seria suficiente para atender ao consumo de aproximadamente 37 mil residências.

Com crescentes investimentos, a Cemig GD está buscando ampliar sua participação no mercado de geração distribuída.

“Como parte desse posicionamento, vamos anunciar em outubro uma nova marca”, revela Danilo Gusmão.

Normatização – No Brasil, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estabelece que as fontes de geração distribuída devem ser renováveis, tais como painéis fotovoltaicos e geradores hidráulicos de pequeno porte e eólicos, dentre outras fontes, possibilitando ao consumidor gerar sua própria energia elétrica (conhecido como “prosumidor” – produtor + consumidor), inclusive por meio de união de diversos interessados em consórcios, cooperativas ou condomínios.

Incentivo – Por meio da Lei 21.713, de 2017, o governo de Minas Gerais estimula a produção e a comercialização de energia solar no estado a empresas com atividade de geração, transmissão ou comercialização desse tipo de energia, por meio da concessão de créditos de ICMS relativos à aquisição de energia solar produzida no Estado, pelo período de 20 anos. (Com informações da Reuters)

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