Condomínios logísticos têm maior ocupação

11 de maio de 2019 às 0h15

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O aluguel do metro quadrado no Estado está avaliado, em média, em R$ 21,45, enquanto a média nacional é de R$ 19,14 - Crédito: divulgação

A proximidade dos grandes centros e a logística privilegiada estão favorecendo o mercado de condomínios logísticos de Minas Gerais, que estão com vacância baixa e preços do metro quadrado em alta. O índice de ociosidade dos galpões no Estado fechou o primeiro trimestre do ano em 8,9%, 2 pontos percentuais menor em relação ao trimestre anterior. A taxa é uma das menores do País, segundo a análise da consultoria imobiliária Binswanger Brasil. Em relação aos valores, o aluguel do metro quadrado está avaliado, no Estado, em média, em R$ 21,45, enquanto a média nacional é de R$ 19,14.

De acordo com o diretor comercial de estruturação de negócios da Binswanger Brasil, Cláudio Costato, a queda no índice de vacância é resultado de um mercado que se moveu no período basicamente em função das locações. Isso porque Minas Gerais não registrou devolução de espaços no primeiro trimestre de 2019. As absorções bruta e líquida ficaram iguais e não houve devoluções. Com este cenário, foi registrado aumento dos preços médios praticados.

“A oferta nos condomínios logísticos, em Minas Gerais, está muito pequena e, isso, tem impulsionado os preços do metro quadrado. No primeiro trimestre, o valor chegou a R$ 21,45 no Estado. O valor ficou maior do que a média registrada em 2018, que foi de R$ 20,79. A tendência é de manutenção dos preços em alta, mesmo com a entrega de novos empreendimentos. A expectativa é encerrar 2019 com o metro quadrado avaliado em R$ 22,01”, disse Costato.

Com o resultado trimestral, Minas Gerais possui o quarto maior preço do País, atrás de Bahia, Distrito Federal e Amazonas.

De acordo com os dados da Binswanger, ao longo do primeiro trimestre, foram disponibilizados 10 mil metros quadrados no LOG Contagem III. A previsão é de que os 26 mil metros quadrados restantes nesse empreendimento estejam operacionais no terceiro trimestre.

Para o Estado, o crescimento do estoque previsto até o final do ano é de 80 mil metros quadrados, 20% a mais do que no início de 2019.

Extrema – Dos 391 mil metros quadrados de galpões logísticos mineiros de classe A+ e A, 39% estão localizados na região de Extrema, no Sul de Minas Gerais. A área ocupada é maior do que na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), que responde por 36%. O restante está localizado em Varginha (25%).

Segundo o levantamento da Binswanger, o estoque existente na região de Extrema é recente, já que 78% dos espaços foram entregues entre 2013 e 2018. Dos empreendimentos em construção, e com data de entrega até 2020, Extrema responde por 54 mil metros quadrados ou 46% do estoque mineiro previsto.

A entrega desse novo estoque em obras representará um aumento de 35% em relação aos espaços existentes. Atualmente os principais ocupantes da região são: transporte e logística (40%), internet (26%) e alimentos, bebidas e fumo (21%).

O empreendimento a ser entregue este ano (Extrema Business Park) prevê mais 75 mil metros quadrados para expansão possivelmente até 2030. A última área entregue na região, no primeiro trimestre de 2018, entrou no mercado 94% ocupada e hoje está 100% locada.

A demanda por galpões na região é grande: a taxa de vacância foi de 2% no início deste ano e a média de preços pedidos de locação estava em R$ 24 por metro quadrado, preço muito acima do valor médio do Estado: R$ 21,45 por metro quadrado.

“A proximidade com São Paulo e a logística fazem com que a demanda nos condomínios logísticos de Extrema seja expressiva. Mesmo com a entrega de novos espaços, a tendência é de valorização dos preços dos aluguéis. Com a procura em alta, os condomínios ficam muito pouco tempo no mercado”, explicou.

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