Pelo terceiro mês consecutivo, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de Belo Horizonte expandiu 5 pontos percentuais, alcançando 72,2 pontos em setembro, contra 67,2 em agosto.
A pesquisa foi divulgada ontem pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG), com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
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De acordo com a análise dos dados, em relação ao mesmo período de 2020, o avanço chega a 6,7 pontos, quando o índice marcou 65,5 pontos. O analista da pesquisa Devid Lima avalia que essa elevação significativa foi impulsionada de um mês para outro devido ao avanço da vacinação.
“Isso fez com que as pessoas recuperassem a confiança em frequentar o comércio, o que, consequentemente, aqueceu o consumo. As medidas como a reabertura do setor de serviço, que ficaram restritas no período da pandemia, além do saldo positivo de emprego (8.058 admissões), este último registrado em julho, em Belo Horizonte, também foram fatores positivos nessa retomada”, explica.
Outro fator que manteve a confiança das famílias para o consumo está relacionado, de acordo com Lima, com a manutenção da renda e a confiança no emprego.
“Há também uma relação direta com o desemprego, visto que quanto maior esse índice, menor será a confiança do consumidor”, complementa. Na pesquisa, 22,7% das famílias sentem-se mais seguras no emprego, em relação ao mesmo período do ano passado.
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Mesmo sentindo confiança, os consumidores estão cautelosos no consumo. A inflação, alta do dólar, achatamento da renda e desemprego são algumas das situações que preocupam as famílias.
“Todos esses fatores têm impacto diretamente no consumo. A inflação reduz o poder de compra, assim como a alta do dólar, o achatamento da renda e o desemprego. Dessa forma, as famílias estão cautelosas ao consumir”, salienta o analista Devid Lima.
Devid Lima esclarece não há um levantamento específico para o fim do ano, porém a pesquisa de Expectativa de Vendas do segundo semestre de 2021, realizada pela Fecomércio MG, mostra que 71,3% das empresas do Estado esperam vender mais que no semestre do ano anterior e 41,6% apontaram o Natal como a data de maior impacto positivo nas vendas.
Além disso, para 52,6% dos empresários, as vendas em 2021 serão melhores se comparadas com o ano passado, para esse período.