Coronavírus paralisa vendas de petróleo e gás para China no curto prazo

5 de fevereiro de 2020 às 16h14

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Crédito: REUTERS/Stringer

Cingapura – Vendas de curto prazo de petróleo e gás natural liquefeito para a China foram praticamente paralisadas nesta semana, à medida que o coronavírus reduz a atividade econômica e reduz a demanda e com compradores avaliando medidas legais para não terem que honrar contratos de compra, segundo fontes do mercado.

Em geral, as atividades deveriam ter sido retomadas no final de janeiro, mas a China prolongou o feriado do Ano Novo Lunar para tentar conter a rápida disseminação do coronavírus, que já soma mais de 500 vítimas fatais.

Como resultado, cadeias de suprimento de commodities têm sido interrompidas, com embarques cancelados ou atrasados e estoques acumulando, especialmente porque o clima quente já desacelerou a demanda por combustíveis para aquecimento.

Negócios com petróleo no mercado spot em Shandong, onde ficam refinarias independentes que respondem por um quinto das importações chinesas, estão paralisados, disseram três operadores, que falaram sob a condição de anonimato.

“Nós conseguimos vender algumas cargas até para chegada em abril (antes do Ano Novo Lunar), mas nesta semana tudo parou”, disse um operador em Cingapura.

Vendedores estavam relutantes em oferecer cargas para venda por temores de que compradores possam declarar força maior sobre negócios anteriores, disseram operadores.

As empresas invocam força maior quando não podem cumprir suas obrigações contratuais por circunstâncias além de seu controle.

No mercado de gás natural liquefeito (GNL), alguns compradores chineses dizem que estão considerando utilizar a cláusula de força maior sobre importações, embora alguns produtores tenham dito que não receberam avisos sobre isso.

Por outro lado, empresas chinesas podem hesitar em declarar força maior por medo de prejudicar o relacionamento com vendedores para o futuro, disseram operadores. Isso significa que os compradores podem tentar revender ou redirecionar cargas neste momento.

(Reuters)

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